Investing.com - Os contratos futuros para agosto de petróleo negociados em Nova York ganham 3,3% nesta quarta-feira com dados dos EUA e clima de otimismo global. O Brent sobe 3,2% e é vendido em Londres a US$ 50,85.
Em um dia já positivo, a cotação da commodity recebeu um impulso com a divulgação dos dados de estoque e de produção nos Estados Unidos. O estoque de petróleo bruto recuou 4,05 milhões de barris na semana passada, acima da previsão de redução em 2,365 milhões de barris.
Já a produção de petróleo segue em trajetória de queda. Na semana passada, a extração nos EUA recuou 55 mil barris/dia em média, na comparação com a semana anterior, fechando a 8,622 milhões de barris/dia. Há um ano, a produção estava em 9,595 milhões de barris/dia, quase 1 milhão de barris/dia a mais.
A diminuição da produção norte-americana reforça a tese da Arábia Saudita de que a Opep deve manter a produção para manter participação no mercado. Com isso, os produtores com maior custo, como os EUA e o Canadá, são forçados a sair do mercado, abrindo espaço para os tradicionais exportadores do cartel.
Contribui para a alta a possibilidade de uma greve dos petroleiros na Noruega a partir de sábado. O país é um dos grandes produtores europeus e a paralisação das atividades pode levar a uma redução da sobreoferta global no curto prazo.
Com a alta dos últimos dois dias embalada pelo maior apetite por risco após o tombo das bolsas com o Brexit, o petróleo zerou as perdas após a votação e retoma a casa dos US$ 50, na qual permanece desde meados de maio.
A manutenção da cotação acima dos US$ 50 tem sido um desafio para o petróleo, pois, neste patamar, especialistas acreditam que a produção em diversos campos dos EUA volta a ser rentável. A expectativa é de uma elevação nas atividades no shale com a commodity neste patamar, elevando a sobreoferta mundial.