NOVA IORQUE (Reuters) - A produção de açúcar da China, um dos maiores consumidores mundiais do adoçante, deve cair para 9 milhões de toneladas na safra 2022/23 (outubro-setembro), mais de meio milhão de toneladas abaixo do ciclo anterior e a menor em sete anos.
De acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira pela corretora e fornecedora de serviços da cadeia de suprimentos Czarnikow, o clima seco na principal província canavieira de Guangxi foi o principal motivo para a menor produção na safra atual.
A analista da Czarnikow, Rosa Li, disse que, como resultado da safra ruim, o déficit de abastecimento local aumentará para 6,5 milhões de toneladas, o segundo maior de todos os tempos.
Ela disse que a China terá que aumentar as importações de açúcar para equilibrar a oferta local, principalmente devido ao aumento do consumo após o fim das restrições relacionadas à pandemia de Covid-19.
A Czarnikow estima que a China importará 5,4 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23 e acredita que o contrabando de açúcar aumentará.
A China vem sendo o principal importador de açúcar do Brasil.
Os preços do açúcar atingiram o nível mais alto em mais de seis anos, pois outros países também enfrentaram problemas com a produção.
(Reportagem de Marcelo Teixeira)