Por Alex Lawler
LONDRES (Reuters) - A oferta de petróleo da Opep caiu para o patamar mais baixo em quatro anos em fevereiro, segundo pesquisa da Reuters, com a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo cortando mais do que o previsto no pacto do grupo, enquanto a produção venezuelana registrou mais uma queda involuntária.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, com 14 integrantes, bombeou 30,68 milhões de barris por dia (bpd) no mês passado, mostrou a pesquisa nesta sexta-feira, 300 mil bpd abaixo de janeiro e o menor nível da Opep desde 2015.
A pesquisa sugere que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo reduziram mais a oferta para evitar a possibilidade de um novo excesso de suprimento neste ano.
Um acordo formal da Opep e seus aliados para cortar a oferta em 2019 entrou em vigor em 1º de janeiro.
O petróleo Brent subiu para 66 dólares o barril, depois de uma queda abaixo de 50 dólares em dezembro, impulsionado pela ação saudita, restrições involuntárias em outros países da Opep e a perspectiva de menor oferta da Venezuela depois que o presidente Donald Trump impôs sanções à sua indústria petrolífera.
A Opep, Rússia e outros países (uma aliança conhecida como Opep+) concordaram em dezembro em reduzir a oferta em 1,2 milhão de bpd a partir de 1º de janeiro. A participação da organização no corte é de 800 mil bpd, entregue por 11 membros, o que não inclui Irã, Líbia e Venezuela.
Em fevereiro, os 11 membros da Opep ligados pelo novo acordo alcançaram 101 por cento dos cortes prometidos, segundo a pesquisa.
Entre os produtores isentos, a oferta venezuelana caiu, enquanto o Irã, que também está sujeito às sanções dos EUA, conseguiu aumentar as exportações.
(Reportagem adicional de Rania El Gamal)