Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) - As principais associações agrícolas da Argentina disseram nesta quinta-feira que planejam uma ação coletiva para protestar contra a extensão dos limites do governo às exportações de carne bovina, embora o prazo e o escopo das ações ainda estejam em discussão.
No final do mês passado, o governo da Argentina estendeu até 31 de outubro um limite máximo para as exportações de carne bovina na metade dos níveis normais, em uma tentativa de aumentar a oferta doméstica e conter os preços dos alimentos, que estão em alta acelerada.
O país da América do Sul é o quinto maior exportador de carne bovina do mundo, um importante fornecedor global de trigo, o segundo maior exportador de milho do mundo e o maior exportador de óleo e farelo de soja.
Os quatro principais órgãos agrícolas disseram em um comunicado conjunto nesta quinta-feira que se reuniram no início do dia para discutir os planos sobre "ações coletivas que tomaremos após a intervenção (do governo) no mercado de gado e carne".
"Estamos definindo com nossas bases como iremos protestar", disseram.
Na semana passada, o chefe das Confederações Rurais Argentinas (CRA) disse que os agricultores definitivamente interromperiam o comércio, inclusive nas transações de grãos, ao contrário de um protesto no início do ano que afetou apenas a pecuária.
Uma fonte de outro órgão, a Sociedad Rural Argentina (SRA), disse à Reuters nesta quinta-feira que "mais opções do que paralisações comerciais estão sendo avaliadas" e que as deliberações continuarão nos próximos dias.
(Reportagem de Maximilian Heath)