Por Sybille de La Hamaide
PARIS (Reuters) - A empresa de comércio de commodities Sierentz Global Merchants está encerrando as atividades de comércio de grãos em todo o mundo, e muitos operadores já deixaram seus postos, disseram fontes na quinta-feira.
A divisão de grãos da Sierentz, lançada em 2017 por um grupo de ex-traders da Louis Dreyfus Company e sediada em Genebra, na Suíça, tinha como alvo as exportações de grãos do Mar Negro, principalmente da Ucrânia.
A empresa não respondeu a um pedido de comentário.
Cinco fontes internas e externas à empresa, que não quiseram ser identificadas porque o assunto é delicado, disseram que muitos traders já haviam deixado a empresa, principalmente nos escritórios de Genebra e Kiev.
Entre os motivos para a decisão, as fontes citaram as perdas na Ucrânia, as dificuldades por dependerem demais do país como origem, os tempos difíceis em derivativos após alguns lucros iniciais e também as mudanças mal sucedidas na equipe.
Duas fontes disseram que a Sierentz manteria as atividades agrícolas no Brasil e na Rússia.
Apenas dois traders em todo o mundo ainda estão na empresa, um para soja no Brasil e outro para milho em Cingapura, mas eles sairão em breve, acrescentou uma fonte próxima ao assunto.
O diretor global de Negociação, Cesar Soares, ainda estava em Genebra, disseram duas fontes.
Soares não respondeu a um pedido de comentário.
Outra fonte havia dito anteriormente que algumas pessoas permaneceriam em Genebra para apoiar as atividades de soja no Brasil.
A Sierentz encerrou suas atividades de comércio de óleo de palma com sede em Cingapura em 2019. Ela havia dito que queria se concentrar no comércio de grãos e outras sementes oleaginosas.
(Reportagem de Sybille de La Hamaide e Gus Trompiz em Paris, Michael Hogan em Hamburgo, Sarah El Safty no Cairo)