Madri, 30 abr (EFE).- A Uefa anunciou nesta segunda-feira ter recebido garantias por parte dos governos de Polônia e Ucrânia, países organizadores da Eurocopa, de que tomarão todas as medidas necessárias para salvaguardar a segurança de todos os visitantes e jogadores que estarão no torneio.
O grupo diretor da Eurocopa - do qual fazem parte a Uefa, os governos e as federações de futebol dos países anfitriões, os comitês organizadores e as agências nacionais responsáveis pela preparação - analisou hoje na sede da Uefa em Nyon a situação a respeito da segurança do torneio, especialmente na Ucrânia.
Em nota oficial, a Uefa disse que "alertou a delegação da Ucrânia sobre as preocupações em função da situação política" do país.
"Embora a Uefa como organização esportiva nunca interfira em assuntos políticos, o principal órgão do futebol europeu solicitou à delegação da Ucrânia que transmita estas preocupações às autoridades competentes", diz o texto.
Esta mensagem da Uefa foi dada poucas horas depois de o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, ter anunciado que não irá à Ucrânia para assistir à Euro em protesto pela situação da líder opositora e ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou no domingo que também não irá aos jogos da Euro na Ucrânia até que a ex-premiê seja colocada em liberdade.
Timoshenko, condenada em outubro a 7 anos de prisão por "abuso de poder" em um julgamento qualificado como "político" por boa parte da comunidade internacional, se declarou em greve de fome após ter sofrido supostos maus tratos na prisão. EFE