StoneX eleva previsão de safras de soja e milho do Brasil; mantém exportação

Publicado 02.05.2025, 12:44
Atualizado 02.05.2025, 12:45
© Reuters. Colheita de soja no Rio Grande do Suln03/04/2024nREUTERS/Diego Vara

SÃO PAULO (Reuters) - As estimativas de colheitas de soja e milho do Brasil em 2024/25 foram elevadas nesta sexta-feira pela consultoria StoneX, que fez um ajuste mais volumoso para a segunda safra de milho, ainda está se desenvolvendo nos campos.

Com isso, a StoneX aumentou sua estimativa para a produção total de milho no Brasil na temporada 2024/25 para 132,4 milhões de toneladas, o que seria uma alta anual de 9,4%, mas ainda abaixo do recorde de 2022/23 (139,5 milhões de toneladas).

O avanço foi impulsionado principalmente por uma revisão positiva da segunda safra ("safrinha"), que passou de 101,6 milhões de toneladas para 104,3 milhões, variação mensal positiva de 2,7%, disse a consultoria.

"O desenvolvimento das lavouras nas regiões Centro-Oeste e Sul tem surpreendido positivamente, com o clima de abril contribuindo de forma significativa", avaliou o analista Raphael Bulascoschi, em relatório.

Apesar do "otimismo" com o potencial resultado do ciclo de inverno de milho, o grupo não descartou a possibilidade de realizar novas alterações, dependendo do desenvolvimento climático.

"O bom desempenho da safrinha tende a aliviar o cenário atual de oferta restrita e pode influenciar na estabilização dos preços, especialmente diante da demanda aquecida pelo etanol de milho e das exportações ganhando força no segundo semestre", segundo o relatório.

SOJA

Já a safra de soja, com colheita praticamente finalizada, foi estimada em recorde de 168,4 milhões de toneladas, crescimento de 0,5% em relação à projeção anterior que reflete "o desempenho robusto da produção no Mato Grosso, que superou a marca de 50 milhões de toneladas".

Em relação à temporada passada, a alta na produção de soja do Brasil, maior produtor e exportador global, é de 12,1%.

A estimativa de exportação de soja do Brasil foi mantida em 107 milhões de toneladas, um possível recorde de embarques, "beneficiado também pela atual guerra tarifária entre Estados Unidos e China".

"A China tem intensificado suas compras do Brasil neste momento de forte disponibilidade da oleaginosa, e seguimos atentos ao comportamento da demanda global", disse a analista Ana Luiza Lodi, da StoneX.

No ano passado, a exportação brasileira somou 98,8 milhões de toneladas.

A StoneX também manteve a projeção de exportação de milho do Brasil, segundo exportador global do cereal, em 42 milhões de toneladas, versus 38,5 milhões no ano anterior.

 

(Por Roberto Samora)

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