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StoneX vê queda de 8% na safra de milho do Brasil 23/24; eleva projeção para soja

Publicado 01.11.2023, 12:29
Atualizado 01.11.2023, 13:30
© Reuters. Milho é carregado em um caminhão para ser transportado
21/01/2020
REUTERS/Shannon Stapleton

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de milho do Brasil em 2023/2024 deve alcançar cerca de 128 milhões de toneladas, queda de 8% na comparação com o recorde do ciclo anterior, mas ainda o segundo maior volume da história do país, estimou nesta quarta-feira a consultoria StoneX, apontando uma redução na previsão para segunda safra.

A chamada "safrinha", que responde pela maior parte da produção do país, foi estimada em 98,96 milhões de toneladas, queda de 8,7% ante a colheita anterior.

Parte desse recuo pode ser explicado pela expectativa de redução de 6% na área plantada da segunda safra, para 17,7 milhões de hectares, em meio a preços mais baixos.

Além disso, há preocupações com a janela climática ideal para o plantio no Centro-Oeste, que será realizado no início do próximo ano, diante de atrasos na semeadura da soja, que antecede o cereal.

"Ao longo dos últimos meses, observou-se uma expressiva desvalorização dos preços do cereal, o que afetou a margem dos produtores e deve impactar negativamente a semeadura, além das preocupações com a janela de plantio no próximo ano", disse o analista de inteligência de mercado do grupo, João Pedro Lopes, em nota.

A produtividade menor também deve contribuir para uma produção inferior nesta próxima safra. Espera-se um rendimento médio de 5,58 toneladas/hectare, que está em linha com a tendência dos últimos anos, mas abaixo de 2022/23, quando o clima foi "bastante favorável durante todo o desenvolvimento das lavouras".

A StoneX reduziu novamente sua estimativa de produção da primeira safra 2023/24 de milho, para 26,8 milhões de toneladas, 2,5% a menos que o número apresentado no relatório de outubro.

"A menor oferta da safra de verão derivou de uma contração na área plantada, que passou de 3,91 milhões de hectares para 3,76 milhões, oriunda de expectativas menos favoráveis para Estados do Norte/Nordeste", comentou em nota.

No relatório anterior, lembrou a StoneX, já havia sido mencionada a migração do milho para outras culturas na região, em especial a soja, "perspectiva que ganhou força nas últimas semanas e que motivou mais uma contração na área plantada do cereal".

SOJA

Em nota divulgada nesta quarta-feira, a consultoria reforça a expectativa positiva para a produção de soja 2023/24, que poderia alcançar recorde de 165 milhões de toneladas (0,6% a mais que o divulgado em outubro).

Mas a StoneX também alerta para as condições climáticas, que devem ser acompanhadas para garantir que a área nacional recorde, de 45,6 milhões de hectares, seja semeada. Isso representaria um crescimento de mais de 3% na comparação com o ciclo passado.

O Brasil enfrenta um clima com chuvas irregulares no Centro-Oeste e precipitações excessivas no Sul.

"Para alcançarmos esse nível de produção, o clima precisa ajudar, uma vez que o plantio está atrasado e ainda existe irregularidade de chuvas em importantes regiões produtoras, como no Centro-Oeste. Há o registro, inclusive, de necessidade de replantio em algumas áreas", disse a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.

Na temporada passada, o Brasil produziu 157,7 milhões de toneladas de soja, segundo a StoneX.

© Reuters. Milho é carregado em um caminhão para ser transportado
21/01/2020
REUTERS/Shannon Stapleton

O relatório apontou o ajuste de produção da oleaginosa em decorrência das perspectivas de troca de área do milho verão para a soja no Norte/Nordeste.

Não houve ajustes em outras variáveis do balanço de oferta e demanda de soja 2023/24, fazendo com que os estoques finais esperados também subam, acompanhando o aumento estimado da produção.

(Por Roberto Samora)

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