LONDRES (Reuters) - O HSBC, maior banco da Europa, alertou na segunda-feira que um corpo crescente de regulamentos internacionais estava colocando seu staff sob pressão sem precedentes e desencorajando-os de correr riscos.
Em um comunicado com palavras fortes, o chairman do HSBC, Douglas Flint, pediu que reguladores internacionais esclareçam o que eles esperam de funcionários do banco depois que uma recente onda de multas recordes por má conduta deles tinha deixado-os com medo de represálias.
"Há um perigo... observável e crescente de aversão ao risco desproporcional influenciando na tomada de decisões em nossos negócios enquanto indivíduos, enfrentando incertezas quanto ao que pode ser criticado em retrospectiva e percebendo a tolerância zero ao erro, procuram proteger a si e a própria empresa de censura futura", disse Flint.
O HSBC também indicou tensão geopolítica elevada, enquanto apresentou uma queda de 12 por cento nos lucros antes de impostos nos seis meses até o final de junho, para 12,3 bilhões de dólares, um pouco abaixo de uma previsão média de 12,5 bilhões de dólares de 15 analistas.
A queda deveu-se principalmente a um fraco primeiro trimestre do ano, quando os lucros caíram 20 por cento em relação a um ano atrás, quando as receitas do banco foram impulsionadas por vendas de ativos, e reflete as receitas perdidas como resultado do fechamento ou venda de empresas.
O HSBC está na segunda fase de um plano de recuperação que começou em 2011, com o objetivo de tornar o banco menos complexo, mais eficiente e capaz de proporcionar melhores retornos e dividendos para os acionistas.
O banco cortou mais de 40.000 postos de trabalho e vendeu ou fechou 60 unidades, que, segundo ele, resultou em uma economia anual de custos de mais de 5 bilhões de dólares.
(Reportagem de Steve Slater)