SÃO PAULO (Reuters) - A União Europeia publicou nesta segunda-feira a decisão de abril de proibir importações de produtos de carne, especialmente aves, de 20 fábricas brasileiras que eram autorizadas a exportar ao bloco europeu, sendo 12 unidades da BRF (SA:BRFS3), em um desdobramento do escândalo gerado pela operação Carne Fraca.
A decisão entra em vigor no segundo dia após a publicação no diário oficial nesta segunda-feira, de acordo com o documento.
As ações da empresa subiram 3,2 por cento, enquanto o Ibovespa teve variação positiva de 0,01 por cento.
"...investigações em andamento e ações recentes da Justiça no Brasil indicam que não há garantias suficientes de que os estabelecimentos das empresas BRF e SHB, autorizados a exportar carne e produtos cárneos para a União, cumprem com os requisitos relevantes da União", diz o texto da UE, referindo-se à última fase da Carne Fraca, em março, que teve a BRF como alvo.
"Por conseguinte, os seus produtos podem constituir um risco para a saúde pública e é adequado removê-los da lista de estabelecimentos a partir dos quais são autorizadas as importações na União de carne e produtos à base de carne", afirma a UE.
As fábricas da BRF citadas na lista da UE estão nos Estados do Paraná (nas cidades de Toledo, Ponta Grossa e Francisco Beltrão), Santa Catarina (em Concórdia, Chapecó e Capinzal), Mato Grosso (Nova Mutum e Várzea Grande), Mato Grosso do Sul (Dourados), Goiás (Rio Verde) e Rio Grande do Sul (Serafina Corrêa e Marau).
Em comunicado, a BRF afirmou que está estudando alternativas para reequilibrar o nível de oferta após a UE ter publicado a lista de frigoríficos no Brasil que foram proibidos de exportar para o mercado comum europeu.
A BRF tem atualmente 35 unidades produtivas no país, mas nem todas exportam para a União Europeia.
(Por Paula Arend Laier)