Por Mark Weinraub
WASHINGTON (Reuters) - O aumento na demanda de exportação de milho dos Estados Unidos cortará os estoques norte-americanos do cereal mais do que o esperado, previu o Departamento de Agricultura do país (USDA) nesta quinta-feira.
Mas as reservas de soja nos EUA deverão aumentar, uma vez que uma safra abundante no Brasil permitirá que os compradores estrangeiros realizem seus negócios com a nação sul-americana.
O relatório mensal de oferta e demanda do USDA projetou os estoque finais de milho dos EUA na safra 2017/18 em 2,352 bilhões de bushels, ante uma estimativa de 2,477 bilhões em janeiro.
O volume ficou abaixo do limite inferior do intervalo de previsões de analistas, que variava de 2,425 bilhões a 2,550 bilhões de bushels, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
Os estoques finais de soja devem totalizar 530 milhões de bushels nos EUA, segundo o USDA, ante uma expectativa de 470 milhões em janeiro. Quanto às exportações, o governo norte-americano cortou sua previsão para 2,100 bilhões de bushels, de 2,160 bilhões em janeiro.
Na América do Sul, o USDA elevou sua estimativa para a safra de soja do Brasil para 112 milhões de toneladas, de 110 milhões anteriormente. Em paralelo, reduziu a perspectiva para a produção de soja na Argentina para 54 milhões de toneladas, de 56 milhões.
A previsão de exportações de soja permaneceu inalterada para a Argentina, em 8,50 milhões de toneladas, apesar da perspectiva de menor colheita. No Brasil, a previsão de exportação foi aumentada em 2 milhões de toneladas, para 69 milhões.
O USDA projetou a produção de milho no Brasil em 95 milhões de toneladas, inalterada em relação a janeiro. Já na Argentina foi cortada para 39 milhões de toneladas, de 42 milhões de toneladas anteriormente.
As exportações argentinas de milho foram reduzidas em 1,5 milhão de toneladas, para 27,5 milhões de toneladas. As exportações brasileiras de milho foram aumentadas em 1 milhão de toneladas, para 35 milhões de toneladas, destacou o USDA.
(Por Mark Weinraub)