SÃO PAULO (Reuters) - As usinas brasileiras de cana haviam fixado preços até o final de junho para exportação de 15,75 milhões de toneladas de açúcar da safra 2018/2019, ou 68,5 por cento do total de 23 milhões de toneladas que o país deve exportar, estimou nesta quarta-feira a Archer Consulting em comunicado.
Até o final de maio, as fixações haviam atingido 13,94 milhões de toneladas --a Archer manteve sua projeção de exportação para a safra.
Apesar do avanço nas fixações, o ritmo de comercialização está bastante atrasado comparativamente a anos anteriores.
O índice atual é o mais baixo das últimas três safras para o final de junho e está bem abaixo da média de fixação acumulada até o mês, das últimas seis safras, em meio a preços baixos da commodity diante de um excedente global.
"Acreditamos que uma das razões pelas quais vemos o mercado sem força de recuperação é devido ao atraso nas fixações por parte das usinas. Algumas atrasaram por razões de crédito, outras por acreditarem numa recuperação do mercado que nunca se materializou", afirmou o sócio-diretor da Archer, Arnaldo Correa, em nota.
O valor médio das fixações está em 13,98 centavos de dólar por libra-peso sem prêmio de polarização, equivalentes a 47,56 centavos de real por libra-peso, segundo a Archer.
O valor médio de fixação da safra é de 1.092,59 reais por tonelada equivalente FOB Santos, neste caso já incluso o prêmio de polarização.
(Por Roberto Samora e José Roberto Gomes)