(Reuters) - O volume de fretes rodoviários de açúcar no Brasil subiu 58,2% entre janeiro e outubro deste ano ante o mesmo período do ano passado, segundo dados da Fretebras, com boas condições climáticas beneficiando a safra em algumas regiões, além de produtores e transportadores recorrendo mais a caminhoneiros autônomos em busca de redução de custos.
Segundo a plataforma online de transportes de carga, o maior crescimento no volume de fretes foi em Goiás (+182%), onde as condições climáticas foram mais favoráveis, apontando para um aumento da safra, apesar da queda na área de produção.
Em seguida, vieram Paraná (+47%), o maior produtor São Paulo (40%) e Minas Gerais (36%), onde as boas chuvas registradas até fevereiro ajudaram na lavoura.
São Paulo registrou aumento no transporte da commodity a despeito do impacto negativo na produção causado por problemas climáticos decorrentes do fenômeno La Niña, somados à concorrência com o milho e a soja, que tiveram valores mais altos no mercado externo
Segundo o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad, o aumento no volume se deve, ainda, à tentativa de amenizar os altos custos com transporte, uma vez que a contratação de transportadores autônomos pode ser até 30% mais em conta que manter uma frota própria.
Ele afirma que em outubro o preço médio do diesel no país foi 30% maior que o registrado em outubro de 2021, mesmo após três reduções seguidas feitas pela Petrobras (BVMF:PETR4) nas refinarias desde agosto e a isenção dos impostos federais.
"Os transportadores buscam por opções que tragam mais economia, como a contratação de caminhoneiros autônomos por meio dos aplicativos de frete", disse Hacad, em nota.
(Por Rafaella Barros)