Na quinta-feira, a Baird revisou sua meta de preço para as ações da Boeing (NYSE:BA), reduzindo-a para 200 USD dos 240 USD anteriores. Apesar desse ajuste, a firma manteve sua classificação Outperform para as ações da gigante aeroespacial. A mudança na meta de preço ocorre após a Boeing reportar seus resultados do terceiro trimestre de 2024, que mostraram um desempenho mais fraco em seu segmento de Aviões Comerciais (BCA) e perdas crescentes em sua divisão de Defesa, Espaço e Segurança (BDS).
A queda no desempenho da BDS é atribuída à greve em curso da Associação Internacional de Maquinistas (IAM), que interrompeu os esforços de recuperação da empresa. A IAM recentemente votou com uma maioria de 64% para rejeitar a proposta atual de contrato, indicando que a disputa trabalhista deve continuar no futuro próximo. A Baird prevê que a Boeing melhorará sua oferta de contrato para resolver a greve, com uma possível resolução esperada para novembro.
O analista da Baird observou que o impacto da greve exigiu uma revisão de suas suposições de Fluxo de Caixa Livre (FCF) para a Boeing, levando à redução da meta de preço. No entanto, a firma permanece otimista sobre as perspectivas da Boeing, vendo a eventual resolução da greve e uma possível captação de capital como catalisadores positivos que poderiam abrir caminho para as ações da empresa, provavelmente dentro do mês de novembro.
A greve em curso e suas implicações na recuperação financeira da Boeing têm sido um ponto focal para investidores e observadores da indústria. O atraso na resolução da disputa trabalhista continua exercendo pressão sobre as operações e as perspectivas financeiras da empresa.
Em outras notícias recentes, a Boeing tem estado em destaque devido a uma série de desenvolvimentos. A Barclays manteve uma classificação Equalweight para as ações da Boeing, enfatizando a contínua queima de caixa da empresa até 2025.
A empresa sinalizou sua prontidão para uma captação de capital de aproximadamente 20 bilhões USD, independentemente do resultado da votação da Associação Internacional de Maquinistas (IAM). Isso segue o recente anúncio da Boeing de uma queima de fluxo de caixa livre (FCF) de 4 bilhões USD no quarto trimestre e uma estimativa de queima de caixa de 3-5 bilhões USD em 2025.
Além disso, a Boeing tem enfrentado uma greve prolongada de aproximadamente 33.000 trabalhadores, tensionando ainda mais as operações da empresa. Essa disputa trabalhista agravou o impacto das paralisações de produção de seus jatos 737 MAX mais vendidos, bem como de suas aeronaves de fuselagem larga 777 e 767. Apesar desses desafios, o CEO Kelly Ortberg enfatizou a importância da unidade de Defesa, Espaço e Segurança para a estratégia da Boeing.
Em sua recente teleconferência de resultados trimestrais, a Boeing revelou uma leve queda na receita para 17,8 bilhões USD e uma perda básica por ação de 10,44 USD. A análise da Barclays sugere um retorno ao FCF positivo de 4 bilhões USD em 2026, 6 bilhões USD em 2027 e 8 bilhões USD em 2028.
Insights do InvestingPro
Dados recentes do InvestingPro lançam luz adicional sobre a situação financeira da Boeing, complementando a análise da Baird. A capitalização de mercado da empresa está em 97,03 bilhões USD, refletindo sua posição significativa na indústria aeroespacial. No entanto, as métricas financeiras da Boeing revelam alguns desafios. A receita da empresa nos últimos doze meses até o terceiro trimestre de 2024 foi de 73,29 bilhões USD, com um preocupante crescimento de receita de -3,25% no mesmo período.
As Dicas do InvestingPro destacam potenciais preocupações para os investidores. Uma dica observa que a Boeing "pode ter dificuldades em fazer pagamentos de juros sobre dívidas", o que se alinha com a tensão financeira mencionada no artigo, particularmente à luz da greve em curso e seu impacto no fluxo de caixa. Outra dica indica que "18 analistas revisaram seus ganhos para baixo para o próximo período", sugerindo que o mercado antecipa dificuldades contínuas para a Boeing no curto prazo.
Esses insights do InvestingPro fornecem um contexto valioso para a revisão da meta de preço da Baird e a saúde financeira geral da Boeing. Para investidores que buscam uma análise mais abrangente, o InvestingPro oferece 8 dicas adicionais para a Boeing, proporcionando uma compreensão mais profunda da posição atual da empresa e suas perspectivas futuras.
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