Por Javier López de Lérida
(Reuters) - Os casos de coronavírus na América Latina superaram nesta quarta-feira a marca de 4 milhões, mostrou uma contagem da Reuters, no momento em que o ritmo de contágio se acelera e a maioria dos países da região relaxa as medidas de isolamento voltadas a conter o avanço da doença.
Na última semana, a região reportou 65 mil casos por dia em média, sendo cerca da metade deles no Brasil, embora México, Argentina e Colômbia também tenham verificado aumentos significativos nos contágios.
O último milhão de casos demorou apenas 15 dias para ser alcançado, frente aos 17 dias do milhão anterior, aos 21 dias do segundo milhão e aos 96 dias do primeiro.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou na terça-feira que a pandemia não mostra "sinais de desaceleração" no continente e que, devido à carga de doenças infecciosas e às condições crônicas, uma em cada três pessoas na América Latina tem o risco de ser acometida pela Covid-19. [nL2N2ES1CC]
O continente americano como um todo --que inclui os Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia-- reportou mais de metade das infecções e mortes pela doença no mundo.
Brasil, Peru, México, Chile, Colômbia e Argentina estão entre os 20 país com maior número de casos do vírus.
Nos 148 dias desde que registrou o primeiro caso, a América Latina confirmou 4.023.658 infecções e 168.644 mortes, mais de um quarto do total mundial, segundo contagem da Reuters baseada em números oficiais.
De acordo com especialistas em saúde, é muito provável que os números de casos e mortes estejam subnotificados, devido à capacidade limitada de testes em alguns países.