(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o governo pode prorrogar o auxílio emergencial pago a pessoas vulneráveis e trabalhadores informais se a pandemia de Covid-19 persistir em 2022.
"A gente espera que, com o término da vacina, com a questão da pandemia sendo dissipada, não seja mais preciso isso. Mas, se porventura continuar, nós manteremos aí o auxílio emergencial”, disse o presidente em entrevista à Rádio 89 FM, de São Paulo, quando questionado sobre a possível manutenção do auxílio no ano que vem. O valor pago atualmente varia de 150 a 375 reais por pessoa.
Implantando inicialmente no ano passado, o auxílio emergencial foi renovado no início deste mês por mais três meses: agosto, setembro e outubro.
Na ocasião, o governo prometeu lançar em novembro um novo programa social em substituição ao Bolsa Família, que terá um valor reajustado, segundo Bolsonaro.
"O que nós trabalhamos sim, temos hoje uma nova reunião com a Economia, espero que seja acertado, é o novo valor do Bolsa Família, que em média está em 192 reais, valor baixo. Quero no mínimo aumentar em 50% esse valor", afirmou o presidente na entrevista.
Apesar do reajuste, o governo não descumprirá a regra do teto de gastos por causa do Bolsa Família, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes.