Por Daniela Desantis
(Reuters) - Os casos de coronavírus na América Latina passaram da marca de 7 milhões nesta quinta-feira, apesar de alguns países da região mais afetada pela pandemia no mundo começarem a mostrar uma pequena queda no número de infecções, de acordo com uma contagem da Reuters.
A média diária de novos casos caiu para 77.800 nos últimos sete dias até quarta-feira, contra 85 mil na semana anterior, segundo análise de dados governamentais.
Os casos de Covid-19 às 19h33 (horário de Brasília) na América Latina e Caribe somavam 7.000.489, segundo a contagem da Reuters.
Nesta semana completam-se seis meses desde que foi confirmado o primeiro caso no Brasil, o país com mais infectados e mortos na região e o segundo no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O Brasil totaliza até esta quinta-feira 3.761.391 de casos de Covid-19 e 118.649 mortes.
Apesar das cifras alarmantes, as autoridades brasileiras disseram que registram uma tendência de queda no número de novos casos e um platô no número de óbitos.
Autoridades mexicanas disseram que observam também uma queda sustentada, embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha dito que a dimensão da pandemia na segunda maior economia latino-americana estaria subestimada.
A entidade diz que México e outros países da região precisam aumentar o acesso a testes, e mostrou preocupação pela incidência do vírus entre os jovens.
Brasil, Peru, México, Colômbia e Chile se mantém entre os 10 países com mais casos no mundo. Com mais de 28 mil mortos, o Peru tem a taxa mais alta de letalidade em relação à população na região.
A Argentina, enquanto isso, superou na quarta-feira pela primeira vez a marca de 10 mil novos casos diários desde o início da pandemia. O aumento de 6 milhões para 7 milhões de casos aconteceu em 13 dias, dois a mais que o milhão anterior.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle, em Brasília)