Por Gayle Issa
(Reuters) - Os casos de coronavírus no mundo ultrapassaram 12 milhões na quarta-feira, de acordo com contagem da Reuters, no momento em que aumentam as evidências da propagação pelo ar da doença que matou mais de meio milhão de pessoas em sete meses.
O número de casos é o triplo de doenças graves por influenza registradas anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Muitos países afetados duramente pela pandemia estão flexibilizando os isolamentos criados para conter a disseminação do novo vírus, enquanto outros, como China e Austrália, implementam outra rodada de restrições em resposta ao ressurgimento de infecções. Especialistas dizem que alterações na vida profissional e social podem durar até que uma vacina esteja disponível.
O primeiro caso foi registrado na China no início de janeiro e demorou 149 dias para atingir 6 milhões de casos. Levou menos de um terço desse tempo --apenas 39 dias-- para dobrar para 12 milhões de casos, de acordo com a contagem.
Até o momento, foram mais de 546.000 mortes ligadas ao vírus, dentro da mesma faixa do número anual de mortes por influenza relatadas em todo o mundo. A primeira morte foi relatada em 10 de janeiro em Wuhan, na China, antes que infecções e vítimas fatais ocorressem na Europa e depois nos Estados Unidos.
A contagem da Reuters, que é baseada em relatórios dos governos, mostra que a doença está se espalhando mais rapidamente na América Latina. As Américas são responsáveis por mais da metade das infecções do mundo e quase metade das mortes. Brasil e Estados Unidos representam cerca de 45% de todos os novos casos desde o início de julho.
O presidente Bolsonaro teve resultado positivo de teste para o coronavírus depois de subestimar a gravidade da pandemia. O país registra entre 20.000 e 50.000 novos casos diariamente desde 1º de julho. O Brasil tem mais de 1,7 milhão de casos e quase 68.000 mortes.