Por Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) - O governo do Chile estuda a possibilidade de distribuir uma terceira dose de reforço para vacina contra a Covid-19, anunciou o presidente chileno nesta terça-feira, enquanto o país tenta combater mais uma onda de infecções em meio a dúvidas sobre o quão eficiente seria a amplamente utilizada vacina da Sinovac (NASDAQ:SVA) contra variantes mais transmissíveis do vírus.
O presidente Sebastián Piñera afirmou que especialistas de saúde estão avaliando "muitos estudos científicos" para determinar se uma terceira dose seria necessária, enquanto é iniciada a imunização de adolescentes no Chile.
"Como governo, estamos atentos aos problemas de hoje, mas também precisamos nos antecipar e preparar para enfrentar os problemas de amanhã", acrescentou.
O Chile depende amplamente da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac, a CoronaVac, para executar uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo, administrando 16,8 milhões de doses, além das 3,9 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech e outras quantidades menores de imunizantes da Cansino Biologics e da AstraZeneca (LON:AZN).
Até agora, 78% do público-alvo do Chile tomou pelo menos uma dose, e 61% estão completamente vacinados.
O Chile foi um teste importante para a eficácia da vacina da Sinovac no mundo real. Em um estudo publicado em abril, a vacina chinesa se provou minimamente eficiente na prevenção da doença após a primeira dose. Com a segunda, o imunizante apresentou 67% de eficácia na prevenção de infecção sintomática, 85% na prevenção de hospitalizações e 80% na prevenção de mortes.