BERLIM (Reuters) - Os partidos da coalizão alemã concordaram na terça-feira em ampliar medidas para amortecer os efeitos da crise do coronavírus na maior economia da Europa em até 10 bilhões de euros, incluindo a prorrogação de um esquema de jornada de trabalho reduzida e o congelamento de regras de insolvência.
A economia alemã recuou à taxa mais acentuada já registrada no segundo trimestre, e o governo está desesperado para mitigar os efeitos da pandemia o tanto quanto possível, especialmente com a aproximação das eleições de 2021.
"O corona continua sendo uma realidade e um desafio", disse Annegret Kramp-Karrenbauer, líder do partido conservador União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês), após cerca de sete horas de negociações com seus parceiros de coalizão de centro-esquerda do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD).
"Hoje concordamos que ampliaremos medidas importantes e eficazes para lidar com o coronavírus", acrescentou ela.
Entre as principais medidas estavam a prorrogação dos subsídios á jornada de trabalho reduzida-- que expirariam em março de 2021 -- até o final do próximo ano e o prolongamento do auxílio para pequenas e médias empresas até o final deste ano.
A jornada de trabalho reduzida salva empregos ao permitir que os empregadores reduzam as horas dos funcionários, mas mantenham seus trabalhos.
O ministro das Finanças do país, Olaf Scholz, um social-democrata, disse à emissora pública ZDF que as medidas podem custar até 10 bilhões de euros no próximo ano.
(Por Andreas Rinke, Holger Hansen, Madeline Chambers e Joseph Nasr)