Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - Pesquisa Datafolha divulgada no sábado apontou que 89% dos brasileiros querem se vacinar contra Covid-19 assim que o imunizante estiver disponível para uso, conforme dados do levantamento divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo.
No momento em que há uma corrida mundial entre países e pesquisadores para conseguir a vacina primeiro, 89% disseram que tomariam a vacina para barrar a infecção pela doença, 9% afirmaram que não e 3% não souberam opinar.
A pesquisa ouviu 2.065 brasileiros adultos por telefone foi realizada nos dias 11 e 12 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
Há uma expectativa de que as vacinas que estão sendo testadas no país possam ser disponibilizadas no fim deste ano ou início de 2021. O governo federal, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fechou um acordo com a farmacêutica AstraZeneca para adquirir doses da potencial vacina desenvolvida em parceria entre a empresa britânica e a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Por meio do Instituto Butantan, o governo do Estado de São Paulo, por sua vez, assinou um acordo com o laboratório chinês Sinovac para a realização de testes clínicos no Brasil com a candidata a vacina, envio de doses ao Brasil e transferência de tecnologia para produção local.
Essas duas estão entre os mais promissores imunizantes.
Ainda há um acordo firmado pelo governo do Paraná com a chinesa Sinopharm para testar no Brasil a possível vacina desenvolvida pela farmacêutica e um memorando de entendimento assinado também pelo governo paranaense que pode levar a uma parceria com a Rússia na vacina que Moscou batizou de Sputnik 5 e para a qual deu recentemente aprovação regulatória.
A aprovação pelas autoridades russas foi concedida menos de dois meses depois do início dos testes clínicos em humanos, o que levou cientistas a questionarem se o país não está colocando o prestígio nacional acima da segurança.
Além disso, a candidata a vacina desenvolvida pela norte-americana Pfizer com a alemã BioNTech também está sendo testada em centros de pesquisa em São Paulo e na Bahia.
De acordo com o Datafolha, 46% dos entrevistados acreditam que a vacina estará pronta no primeiro semestre do próximo ano; 25% ainda neste ano; 22% no fim do ano que vem; e 5% não sabem quando estará disponível.