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Emissoras afastam repórteres que entrevistaram Bolsonaro em anúncio de Covid-19

Publicado 08.07.2020, 13:18
Atualizado 08.07.2020, 14:20
© Reuters. .

Por Pedro Fonseca

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e as emissoras CNN Brasil e Record TV informaram nesta quarta-feira que afastaram do trabalho as equipes jornalísticas que estiveram presentes na entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro anunciou resultado positivo em teste para Covid-19.

Bolsonaro fez o anúncio de que estava com Covid-19 em entrevista sem distanciamento para repórteres das duas emissoras privadas e mais a TV Brasil, da EBC, no lado externo do Palácio da Alvorada, na terça-feira. Durante a entrevista, o presidente chegou a se afastar um pouco dos repórteres para tirar a máscara de proteção, dizendo que queria mostrar o rosto e como estava bem, apesar do resultado do exame.

A EBC informou, em resposta enviada por email à Reuters, que todos os profissionais que participaram do anúncio de Bolsonaro foram afastados logo a seguir "conforme preconizam as recomendações do Ministério da Saúde voltadas para o combate e disseminação da doença no país", e só retornarão ao trabalho se receberem resultado negativo em exames que serão realizados nos próximos dias.

A Record TV disse, também por email, que todos os profissionais que estiveram na entrevista vão seguir um protocolo de saúde da empresa. "Os colaboradores que tiveram algum tipo de contato com pessoas que testaram positivo para a Covid-19 ficam afastadas e em observação por 7 dias e fazem o exame ao final do período. O retorno só acontece quando o exame tem resultado negativo".

A CNN Brasil também confirmou por email o afastamento de um repórter e um cinegrafista que tiveram contato com Bolsonaro no Alvorada.

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal informou em nota oficial que pediu às empresas de comunicação para suspenderam a cobertura presencial de Bolsonaro e de demais autoridades no Palácio do Planalto, e que testem e afastem todos os profissionais que tiveram contato nos últimos 10 dias com o presidente, ministros e outros membros do governo.

Bolsonaro, de 65 anos, anunciou na terça que teve resultado positivo em teste para Covid-19, após passar meses minimizado a pandemia e contrariando recomendações de especialistas, mas afirmou estar se sentindo bem, depois de sofrer os primeiros sintomas no fim de semana e de ter ficado mal na segunda-feira.

A agenda presencial do presidente foi cancelada esta semana, inclusive duas viagens previstas para sexta e sábado. Segundo o próprio Bolsonaro, ele vai seguir o protocolo de distanciamento e manter as agendas por videoconferência.

Após a confirmação do caso do presidente, o Palácio do Planalto informou que 108 funcionários testaram positivo para a nova doença desde o início da pandemia, mas garantiu que vem tomando medidas para tornar o ambiente de trabalho "o mais seguro possível" para os servidores.

© Reuters. .

Dos 3.400 servidores da Presidência da República, até o dia 3 de julho, havia 108 casos positivos para Covid-19, o equivalente a 3,8% do quadro, segundo nota da Secretaria-Geral da Presidência da República. De acordo com a nota, 77 deles já são considerados recuperados, enquanto 31 estão em acompanhamento.

O Palácio do Planalto, no entanto, não recomenda o afastamento de funcionários que tiveram contato com pessoas infectadas, afirmando que "não há protocolo médico, seja do Ministério da Saúde ou da OMS (Organização Mundial da Saúde), que recomende medida de isolamento pelo simples contato com casos positivos".

"A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à Covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame", disse a Secretaria-Geral em nota na terça-feira.

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