Por Gabriella Borter e Andrew Hay
NOVA YORK (Reuters) - Centenas de estudantes universitários e funcionários de uma faculdade de Nova York fizeram fila diante de uma tenda branca, nesta terça-feira, para serem submetidos a testes para o coronavírus antes da retomada das aulas no início de setembro, em uma cena que deve se repetir nas próximas semanas em outros campi universitários dos Estados Unidos.
A Universidade de Nova York (NYU) está testando os alunos que escolheram o ensino presencial, com as aulas de graduação começando no dia 2 de setembro. A universidade localizada na parte baixa de Manhattan também está oferecendo aos alunos opções de ensino à distância ou um programa híbrido entre o presencial e o remoto.
Nova York, que já foi o epicentro da pandemia nos EUA, tem hoje uma taxa de infecção abaixo de 1%, o que representa um padrão de referência para o reinício de algumas atividades, que precisam ser combinadas com o distanciamento social e o uso de máscaras.
Em outros lugares dos Estados Unidos, faculdades, escolas primárias e secundárias estão lutando para se adaptar às possibilidades de abertura ou não em meio à pandemia.
Em algumas faculdades, o local de testes para o coronavírus é o primeiro lugar ao qual os alunos devem comparecer quando chegam ao campus, antes até de irem aos seus dormitórios. Eles podem não ser autorizados a adentrarem em alguns prédios do campus até que o resultado volte negativo, o que pode demorar vários dias, em alguns casos.
Para escolas em partes do país que já possuem uma taxa de infecções positivas de mais de 10% pode ser melhor começar um novo ano acadêmico com salas de aula virtuais, disse o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, nesta terça-feira.
Os Estados Unidos têm mais de 5 milhões de casos confirmados de coronavírus, o maior número do mundo, de acordo com uma contagem da Reuters, com mais de 170 mil óbitos registrados.