Por Blandine Henault e Matthieu Protard
PARIS (Reuters) - A França acelerou nesta quinta-feira os planos para tornar o uso de máscaras obrigatório em espaços públicos fechados por causa do temor da Covid-19, e a região de Mayenne adotou a obrigatoriedade de forma imediata em vários locais.
Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que o uso de máscaras será obrigatório em locais como lojas a partir de 1º de agosto por causa dos sinais de que o novo coronavírus "está voltando um pouco".
Mas o primeiro-ministro, Jean Castex, disse nesta quinta-feira que a ordem entrará em vigor na semana que vem. Até agora, era obrigatório usar coberturas faciais somente no transporte público e em espaços públicos onde o distanciamento social é impossível.
"Estávamos cogitando implantar (a medida) em 1º de agosto porque, mais uma vez, estamos agindo preventivamente, e não emergencialmente", disse Castex ao Senado.
"Ouvi e entendi que este prazo parecia tardio ou provocou algumas duvidas, por isso o decreto entrará em vigor na semana que vem".
Alguns políticos e médicos haviam pedido ao governo que não esperasse até o início do mês que vem por causa das preocupações com a pandemia.
Cifras oficiais mostram que os números de infecções e mortes pela Covid-19 diminuíram na França desde o final de maio, mas o novo coronavírus já matou mais de 30 mil pessoas no país e está voltando a se disseminar em algumas áreas.
A região administrativa de Mayenne, no noroeste francês, disse que agora é obrigatório usar máscaras em sua principal cidade, Laval, e cinco outras municipalidades: Bonchamp-lès-Laval, Changé, L’Huisserie, Louverné e Saint-Berthevin.
"Em Mayenne, a situação hoje é problemática", disse o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, à rádio France Inter.
Ainda na terça-feira, Macron também disse que quer exames de detecção de Covid-19 disponíveis para todos, sem que tenham que ser encaminhados por um médico, e que prevê perda de empregos porque a pandemia representa um grande desafio.