BEIRUTE (Reuters) - O Líbano deve interromper suas atividades por duas semanas após um aumento nas infecções pelo coronavírus, informou o ministro interino da Saúde nesta segunda-feira, enquanto o país ainda sente os impactos da explosão maciça do porto de Beirute.
O Ministério da Saúde do país registrou um recorde de 456 novas infecções nesta segunda-feira, com duas mortes, elevando o número acumulado de casos para 9.337 desde fevereiro, com 105 mortes.
"Hoje, declaramos um estado de alerta geral e precisamos de uma decisão corajosa para fechar (o país) por duas semanas", disse Hamad Hassan à rádio 'Voice of Lebanon'.
O Líbano, já profundamente em crise financeira, estava combatendo um pico da Covid-19 antes da explosão, em 4 de agosto, que matou pelo menos 178 pessoas, destruiu regiões da capital e levou o governo a renunciar.
A explosão do armazém danificou muitos hospitais e os sobrecarregou com mais de 6.000 feridos. A explosão colocou cerca da metade dos 55 centros médicos de Beirute fora de serviço, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada.
(Por Tom Perry e Ellen Francis)