Por Lisa Shumaker
(Reuters) - Vendo as infecções e mortes de coronavírus aumentarem em muitas partes dos Estados Unidos, educadores norte-americanos que vão da Califórnia ao Wisconsin estão optando pelo ensino online, em lugar da volta às salas de aula, quando o ano letivo começar em algumas semanas.
A Flórida relatou um recorde de 133 mortes de Covid-19 nesta terça-feira, o que eleva o número de óbitos do Estado para mais de 4.500 --seu recorde anterior foi de 120 no dia 9 de julho. O Alabama relatou um recorde de 40 mortes que elevou o total do Estado a mais de 1.100.
Escolas de Milwaukee, no Wisconsin, ao condado de Fort Bend, no Texas, seguiram Los Angeles e San Diego, os dois maiores distritos escolares da Califórnia, ao anunciarem planos para poupar professores e alunos do contato próximo que a sala de aula exige.
A decisão coloca os distritos em choque com o presidente Donald Trump, que ameaçou reter fundos federais ou retirar sua isenção tributária se eles se recusarem a retomar as aulas presenciais, embora a maioria das escolas seja financiada por impostos municipais e estaduais.
A campanha de Trump vê a reabertura das salas de aula, que permitiria que os pais voltassem ao trabalho, como essencial para a recuperação econômica e um impulso em suas chances de se reeleger no dia 3 de novembro.
Os casos de coronavírus aumentaram em 46 dos 50 Estados na semana passada, e no mesmo período o número de mortes subiu nacionalmente pela primeira vez desde meados de abril e cerca de seis semanas depois de os casos começarem a aumentar, de acordo com uma análise da Reuters.
Acumulando mais de 3,3 milhões de casos de Covid-19, os Estados Unidos estão em primeiro lugar no mundo em casos per capita, de acordo com uma análise da Reuters, e suas 135 mil fatalidades o colocam no sétimo lugar de mortes per capita entre os 20 países com mais casos.