SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira a criação de uma secretaria extraordinária de Combate à Covid-19, 15 meses após o primeiro caso confirmado no país da doença, que já matou mais de 425 mil pessoas no Brasil.
Em evento em Brasília, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou a médica Luana Araújo, médica infectologista formada na Universidade Federal do Rio de Janeiro e epidemiologista formada na Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos.
A nova titular da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do ministério prometeu realizar um trabalho "pautado na tecnicidade e nas evidências científicas, buscando sempre soluções eficientes e adaptadas às nossas vulnerabilidades sócio-econômicas".
"O objetivo dessa secretaria é coordenar a resposta nacional à Covid-19 em diálogo permanente com todos os atores que fazem parte do processo", afirmou ela.
O ministério também anunciou uma campanha de publicidade com o personagem Zé Gotinha e com a família dele --a esposa Maria Gotinha, o filho Gotinha Jr., e os pais Seu Gotinha e Dona Gotinha-- defendendo a vacinação contra a Covid-19, o uso de máscara, a higiene das mãos e a necessidade de "não ficar muito juntinho", como afirma o vídeo da campanha.
Apesar da campanha, o presidente Jair Bolsonaro já fez declarações contrárias à vacinação e, no último fim de semana, mais uma vez causou aglomerações em Brasília sem usar máscaras. Estava acompanhado no domingo pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que também não usava máscara, e por parlamentares bolsonaristas, que tampouco usavam a proteção facial.
(Por Eduardo Simões; Edição de Alexandre Caverni)