BERLIM (Reuters) - O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, disse nesta quinta-feira esperar que uma vacina para Covid-19 esteja disponível nos próximos meses e definitivamente no próximo ano, falando após a agência pública de saúde suspender um relatório que sugeria que a imunização estaria pronta no outono do Hemisfério Norte.
"Estou otimista de que nos próximos meses, e certamente no próximo ano, poderá haver uma vacina", disse Spahn à emissora ZDF.
Sua previsão parecia coincidir com um relatório que o Instituto Robert Koch divulgou na quarta-feira e depois suspendeu, no qual a agência de saúde pública informou que esperava uma vacina até o outono. Posteriormente, o instituto afirmou que o documento não estava atualizado e foi publicado por engano.
Spahn se recusou a citar um mês específico em que a vacina poderia estar pronta e disse que ainda não era possível determinar com que frequência as pessoas precisariam ser vacinadas ou qual seria a duração da imunidade conferida.
Ele acrescentou: "Mas uma coisa que podemos dizer é que, graças a todos nós trabalhando juntos --pesquisadores, cientistas, o público--, provavelmente teremos uma vacina mais rápido do que nunca na história da humanidade."
A ministra da Educação e da Pesquisa alemã, Anja Karliczek, disse anteriormente que era improvável que qualquer vacina estivesse amplamente disponível antes de meados do próximo ano.
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na terça-feira que a Rússia se tornou o primeiro país a conceder aprovação regulatória para uma vacina para Covid-19 após menos de dois meses de testes em humanos.
Spahn repetiu seu ceticismo em relação à vacina russa, batizada de Sputnik 5, afirmando que ainda não havia testes amplos como com outras imunizações e que havia relativamente poucos dados sobre as doses russas.
(Por Thomas Escritt)