BRASÍLIA (Reuters) - O novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, informou na tarde desta segunda-feira em uma rede social que está com Covid-19 horas após outro colega de Esplanada, o titular da Cidadania, Onyx Lorenzoni, também ter dito que estava com a doença causada pelo novo coronavírus.
Milton Ribeiro, que assumiu o cargo na quinta-feira passada, é o quarto ministro do governo Bolsonaro a ser contaminado pela doença. O próprio presidente Jair Bolsonaro está há 10 dias com a Covid-19 e se mantém no Palácio da Alvorada.
"Acabo de receber agora pela manhã resultado positivo para Covid. Já estou medicado e despacharei remotamente", informou Ribeiro, no Twitter.
Ribeiro é o quarto ministro da Educação em um ano e meio do governo Bolsonaro e assumiu a pasta diante de uma série de desafios para a área, como um plano de retomada das aulas em meio à pandemia do novo coronavírus e a prorrogação de recursos do Fundeb.
Mais cedo, em sua conta no Twitter, Onyx Lorenzoni havia dito que começou a sentir sintomas na quinta-feira, fez o exame na sexta e hoje teve o resultado positivo. Como o presidente, Onyx anunciou ainda que está tomando um coquetel de medicamentos que inclui azitromicina, ivermectina e cloroquina e alega estar sentindo "efeitos positivos".
Nenhum dos medicamentos têm efeitos comprovados contra a Covid. Pesquisas têm mostrado, por outro lado, que a cloroquina, especialmente, pode ter efeitos adversos, como arritmia cardíaca. No entanto, virou uma bandeira do governo Bolsonaro.
Em março, logo depois do retorno de viagem presidencial a Miami, os ministros das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, foram diagnosticados com Covid-19. Há cerca de um mês, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, também teve a doença diagnosticada.
Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto registra um outro surto de Covid-19 entre os funcionários. De acordo com dados mais recentes da Secretaria-Geral da Presidência, 36 servidores estão afastados com a doença. Desde o início da epidemia, 128 funcionários tiveram resultado positivo.
O Planalto, no entanto, mantém os servidores em trabalho presencial, a não ser os que estão no grupo de risco, e mesmo aqueles que tiveram contato com pessoas contaminadas, a menos que tenham sintomas ou tenham resultado positivo.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito)