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Pazuello afirma que fase crítica de falta de oxigênio em Manaus durou 3 dias e é acusado de mentir

Publicado 19.05.2021, 13:56
© Reuters. 19/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que a fase crítica de desabastecimento de oxigênio durou cerca de três dias durante a crise sanitária em Manaus no início deste ano, levando parlamentares a acusarem-no de mentir.

Pazuello valeu-se de dados sobre o estoque regulador da White Martins, empresa fornecedora de oxigênio, para sustentar sua declaração sobre o prazo de desabastecimento crítico de oxigênio em Manaus.

"A White Martins foi consumindo o seu estoque até chegar em 13 para 14, quando teve uma queda de 20% mais ou menos... não atendidos. E isso aconteceu por dois a três dias, entre 13 e dia 15. No dia 15, já voltou a ser positivo o estoque de Manaus. Isso aqui está claro em dados da White Martins, tá?", argumentou o ex-ministro.

"Aqui você observa claramente a curva da White Martins e os três dias onde ela cai. Esse V de queda são três dias, 13, 14 e 15, considerando que 15 ela começa a ficar positiva no seu estoque regulador. Ela começa a refazer o estoque regulador e volta novamente a atender a demanda completa", argumentou.

O líder do MDB, Eduardo Braga (MDB-AM), no entanto, questionou a declaração do ex-ministro, afirmando que o desabastecimento de oxigênio se prolongou por cerca de 20 dias.

"É preciso dizer ao povo brasileiro, sob pena de nós estarmos aqui sendo coniventes com uma informação errada, desculpe a expressão, mentirosa: não faltou oxigênio no Amazonas apenas três dias, pelo amor de Deus! Ministro Pazuello, pelo amor de Deus! Faltou oxigênio na cidade de Manaus mais de 20 dias. É só ver o número de mortos. É só ver o desespero das pessoas tentando chegar ao oxigênio", disse o senador Braga.

Pazuello respondeu o senador, afirmando que não eram esses os dados que tinha consigo.

Em outro episódio tenso da CPI, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), questionaram os dados do ex-titular da Saúde sobre o fornecimento de oxigênio ao Estado.

Aziz também chegou a bater-boca com o senador Carlos Heinze (PP-RS), após o parlamentar afirmar que foram liberados mais de 2 bilhões de reais ao Amazonas em 2020.

"Não é verdade isso que você está falando. Isso é uma mentira multiplicada", disse o presidente da CPI a Heinze.

O senador gaúcho, por sua vez, afirmou que irá "puxar a tabela" para ver "quanto foi para lá".

"Foi o dinheiro lá. Não é irresponsabilidade do governo federal, é do governo lá do Amazonas", acusou.

Pazuello alegou ter sido informado do risco de desabastecimento de oxigênio apenas no dia 10 de janeiro, em uma reunião presencial com o governador e o secretário de Saúde. O ministro também relatou reunião com a White Martins em Manaus no dia seguinte, quando foram colocadas "dificuldades logísticas grandes".

© Reuters. 19/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Ele aproveitou ainda para negar que tenha sido informado sobre os riscos relacionados aos estoques de oxigênio em conversa com secretário no dia 7 à noite. Na ocasião, explicou, houve um pedido de ajuda para transporte de oxigênio, mas não foi mencionada possibilidade de desabastecimento.

"No dia 7 à noite, ele não me falou nada de colapso de oxigênio. Foi a solicitação de transporte, a logística de Belém para Manaus, que foi feita no dia 8 e 10."

O ex-ministro reiterou que a competência para fornecimento de oxigênio era do governo do Estado, mas argumentou que agiu imediatamente assim que soube do problema e tomou todas as medidas possíveis. Ponderou, ainda, que poderia ter agido antes se tivesse sido avisado com antecedência.

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