BANGCOC (Reuters) - A polícia da Tailândia disparou gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha para dispersar manifestantes que foram às ruas de Bangcoc nesta terça-feira em meio à revolta com a maneira como o governo do primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha está lidando com a pandemia de coronavírus.
Ao menos seis policiais ficaram feridos durante os confrontos. Um foi baleado na perna e três outros foram atingidos pelos estilhaços de uma bomba caseira, disse a polícia.
O número de manifestantes feridos é desconhecido. Ao menos seis manifestantes foram presos, disse a polícia na esteira de um alerta de que todas as reuniões públicas são ilegais devido às regras de emergência da Covid-19.
Duas cabines da polícia foram incendiadas e episódios esporádicos de violência continuaram noite adentro.
"A ação de manifestantes mostra a intenção de danificar propriedade do governo e do público, além de ferir policiais", disse Piya Tavicha, vice-chefe da polícia de Bangcoc, aos repórteres.
Os choques irromperam depois que milhares de manifestantes percorreram a capital em uma carreata de carros e motos.
Eles pararam em vários edifícios ligados a membros do gabinete ou apoiadores de Prayuth para fazer discursos e pedir renúncias, acusando o governo de administrar mal a pandemia e de abusar de seu poder para silenciar críticos.
(Por Panu Wongcha-um, Panarat Thepgumpanat e Jiraporn Kuhakan)