Por Brendan O'Brien
CHICAGO (Reuters) - Professores e funcionários de mais de 35 distritos escolares dos Estados Unidos realizaram protestos nesta segunda-feira contra os planos de retomada de aulas presenciais enquanto os casos de Covid-19 aumentam em várias partes do país.
Os manifestantes, que fizeram carreatas levando cartazes e com mensagens pintadas em seus veículos, exigem que as escolas não retomem as aulas em agosto e setembro, até que dados científicos justifiquem tais medidas.
Os profissionais de educação querem que os distritos esperem até que entrem em vigor protocolos como salas de aulas com menos alunos e a realização de mais testes, além de que escolas sejam equipadas com um número adequado de coordenadores e enfermeiras, segundo um site construído para representar as manifestações.
No Twitter, a Associação de Educadores e Professores de Milwaukee mostrou manifestantes com falsas sepulturas que diziam "Aqui jaz um estudante da terceira série de Green Bay que pegou Covid na escola" e "Descanse em paz, vovó. Pegou Covid ajudando seus netos com o dever de casa".
As mortes por Covid-19 nos Estados Unidos cresceram pela quarta semana consecutiva, para mais de 8.500 pessoas nos sete dias até 2 de agosto, enquanto o número de novos casos caiu pela segunda semana consecutiva, como mostrou uma análise da Reuters.
Mais de 155 mil pessoas já morreram por complicações ligadas à Covid-19 nos Estados Unidos, o maior número entre todos os países do mundo. Os casos subiram semana após semana em 20 Estados, incluindo Missouri, Montana e Oklahoma.
Os professores também estão pedindo ajuda financeira para pais em necessidade, incluindo assistência para pagamentos hipotecários e aluguel, uma suspensão das ordens de despejos e fechamentos, e pagamento de auxílio em dinheiro.
(Reportagem adicional de Gabriella Borter, Lisa Shumaker e Maria Caspani)