(Reuters) - Pela segunda vez em menos de um mês a prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu a vacinação contra Covid-19 por falta de doses e novamente culpou a logística do Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde esperava a chegada de nova remessa de vacinas, mas isso não aconteceu.
“Como as doses não foram entregues, a SMS-Rio se vê mais uma vez obrigada a suspender a aplicação de primeiras doses (D1) no município do Rio”, informou em nota a secretaria.
A vacinação fica mantida somente para adultos acima de 50 anos, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas a partir de 18 anos. A segunda dose também está mantida nos postos da capital.
Em julho, a vacinação já tinha sido interrompida por falta de doses.
“A logística do ministério tem que ser mais ágil e mais rápida e as vacinas serem entregues em até 24 horas após o recebimento“, disse secretário Daniel Soranz.
A prefeitura alega que o Ministério da Saúde tem em estoque 5,8 milhões de doses da Pfizer (NYSE:PFE)(SA:PFIZ34); 3,4 milhões de CoronaVac e 1,1 milhão de AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34), mas a falta de uma coordenação na distribuição e logística das doses prejudica o país.
“A gente precisa acelerar a vacinação ainda mais num momento de circulação de uma nova variante; é preciso ter esse senso de urgência", ressaltou Soranz.
A cidade do Rio cobra também que o ministério apresente um calendário de distribuição, visto que a Pfizer, a Fiocruz e o Butantan entregam as vacinas nas datas previstas em contrato.
A prefeitura já havia anunciado que iria adiar o plano de retomada das atividades na cidade por conta da circulação da variante Delta e da falta de previsibilidade na entrega de imunizantes.
A expectativa é que a campanha de vacinação seja retomada ainda esta semana.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)