Por Dustin Volz
WASHINGTON, (Reuters) - O Twitter pode notificar usuários sobre exposição ao conteúdo gerado por um suspeito serviço de propaganda russa, disse um executivo da empresa a parlamentares norte-americanos nesta quarta-feira.
A empresa de rede social está "trabalhando para identificar e informar individualmente" usuários que viram tuítes durante as eleições presidenciais dos EUA de 2016 produzidas por contas vinculadas ao Exército de Pesquisa na Internet do Kremlin, disse Carlos Monje, diretor de política pública do Twitter, ao Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos EUA.
Twitter, Facebook e o YouTube, da Alphabet, estiveram na reunião do Senado nesta quarta-feira e enfrentaram muitas perguntas relacionadas à forma como suas políticas diferenciam as variedades de conteúdo em seus serviços, incluindo extremismo, vendas de armas, contas automatizadas de spam, notícias intencionalmente falsas e propaganda russa.
Monje disse que o Twitter melhorou sua capacidade de detectar e remover contas "automatizadas maliciosamente" e agora checa até 4 milhões de contas por semana - ante 2 milhões por semana no ano passado.
A chefe de política global do Facebook, Monika Bickert, disse que a empresa estava implantando uma mistura de tecnologia e revisão humana para "interromper notícias falsas e ajudar (usuários) a se conectarem com notícias autênticas".
A maioria das tentativas de espalhar a desinformação no Facebook foi motivada financeiramente, disse Bickert.
As empresas têm usado algoritmos e inteligência artificial para detectar conteúdo não adequado para seus serviços.
Juniper Downs, diretora de políticas públicas do YouTube, disse que os algoritmos rapidamente encontram e removem 98 por cento dos vídeos com conteúdo extremista. Mas a empresa ainda conta cerca de 10 mil revisores humanos para monitorar vídeos.
(Por Dustin Volz)