Um relatório da Chainalysis aponta que os grandes investidores acumularam US$ 3 bilhões em Bitcoin (BTC) durante a última queda. O valor equivale a cerca de R$ 16 bilhões na cotação atual. Enquanto isso, o banco brasileiro BTG Pactual (SA:BPAC11) reforçou a recomendação de compra.
Para ambas as instituições, o momento de queda foi apenas um sinal de estresse. E essa volatilidade foi muito bem aproveitada pelos grandes investidores.
Muita acumulação e poucos Bitcoins novos vendidos
Segundo os dados da Chainalysis, foram cerca de 77 mil BTC comprados na semana passada. Ainda, o documento reforça que parte dessa oferta (75%) veio de criptomoedas que já estavam em circulação no mercado.
Por outro lado, apenas 1% do total de BTC vendidos foi colocado nas exchanges pelos mineradores. E essa quantidade tem ficado próxima desse percentual desde o começo do mês.
O dado indica que, apesar dos temores em relação à China, nenhum grande minerador vendeu suas criptomoedas. Para Philip Gradwell, economista-chefe da Chainalysis, isso é um fator importante.
“Os mineradores não fornecem tanta liquidez ao mercado. Enquanto eles venderam mais BTC no final da semana passada, outras pessoas também venderam. Por isso, a importância relativa deles permaneceu baixa”, explicou.
BTG sustenta potencial de alta
Paralelamente à Chainalysis, o BTG Pactual também demonstrou otimismo com a alta do BTC. André Portilho, sócio e responsável pela divisão de Digital Assets do banco, falou sobre a queda ao portal Seu Dinheiro.
Ele avaliou o movimento como uma correção de preço devido a realização de lucros. Isso já vinha ocorrendo desde abril, mas foi intensificado com as notícias negativas sobre a China e Elon Musk.
Portilho citou o caso da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) ter deixado de aceitar BTC como meio de pagamento. Para ele, a montadora arrecadaria uma quantidade ínfima em comparação com a oferta total do mercado.
Já as notícias da China não são exatamente uma novidade para o gestor. Mesmo assim, ele orienta que os investidores tomem cuidado ao se expor às criptomoedas.
“Comprar BTC é entrar numa tese de longo prazo. A única forma de aguentar a volatilidade de curto prazo é ter um percentual alocado que te permita aguentar quedas expressivas como a de agora”, afirma Portilho.