Preocupação com reflexos de decisão de Dino no sistema financeiro derruba ações de bancos
Investing.com -- O mercado de criptomoedas teve um dia de forte realização nesta terça-feira (19), com o Bitcoin ampliando perdas e voltando a testar suportes importantes após o rali que havia levado a moeda digital acima de US$ 124 mil na semana passada. A correção ocorre em meio à aversão ao risco nos mercados globais, enquanto investidores aguardam o simpósio de Jackson Hole, onde o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve dar pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Às 16h40 (horário de Brasília), o Bitcoin era negociado a US$ 113.524,6 (-3,04%) na Binance, no menor patamar em quase duas semanas. O Ethereum acompanhava o movimento e recuava para US$ 4.163,32 (-4,40%). O tombo ocorre após saída líquida de centenas de milhões de dólares em ETFs de BTC e ETH, além da liquidação de cerca de US$ 200 milhões em posições alavancadas nas últimas horas, segundo dados de mercado.
Do lado técnico, analistas apontam que a perda consistente da faixa de US$ 115 mil abre espaço para novas quedas em direção a US$ 114.150 e até US$ 112.500. Já uma recuperação mais robusta só ganharia força acima dos US$ 118.500, patamar que poderia devolver ânimo comprador. No médio prazo, a região entre US$ 111 mil e US$ 108 mil aparece como zona crítica caso a pressão vendedora se intensifique.
Apesar da pressão, investidores institucionais seguem ativos. A Kindly MD (NASDAQ:NAKA) anunciou nesta terça a compra de cerca de 5.744 BTC, avaliados em US$ 679 milhões, enquanto empresas como a MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) ainda mantêm exposição relevante à criptomoeda. O mercado, no entanto, segue dividido entre o risco de uma recessão global e a persistência da inflação, o que coloca a decisão do Fed em setembro como gatilho decisivo para os próximos movimentos do Bitcoin.
"No liquidity map, há forte defesa na região de US$112.500–113.000, que servem como último suporte antes de alvos mais baixos; pressão vendedora e ordens concentradas entre US$114.000–116.000 criam resistência no curto prazo. Perda de US$112.500 pode acelerar a correção para US$110.000–109.500. Apesar do BTC em baixa, índice de altseason segue acima dos 60 pontos, mostrando fluxo para altcoins consolidadas, sobretudo em DeF, infraestrutura e IA. Ethereum, Solana, Polkadot, Chainlink e Maker continuam como os ativos de risco mais promissores no curto e médio prazo, com tokens RWA e projetos AI mantendo bom volume. A volatilidade tende a permanecer elevada até os próximos sinais do Fed. Oportunidades existem para entradas pontuais em ativos sólidos, mas sem tomar riscos excessivos neste momento", avaliou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"O Bitcoin hoje é um termômetro do apetite (ou medo) global por risco: realiza fortes ganhos, testa suportes e depende agora do Fed para definir o próximo grande movimento. O investidor atento foca na defesa dos suportes, mas não ignora o poder dos fluxos institucionais — e mantém o radar ligado para sinais de reversão. A entrada mais arriscada (e potencialmente rentável) ocorre próximo dos suportes entre US$ 112.500 e US$ 114.150, enquanto a saída sugerida para quem busca lucros de curto prazo é na volta para US$ 118.500. Estratégias devem ser ajustadas caso a pressão vendedora se intensifique abaixo de US$ 112.500", analisou o WarrenAI.
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