Minerva vê cenário favorável para embarques de carne bovina a partir da América do Sul

Publicado 30.09.2025, 10:40
Atualizado 30.09.2025, 11:42
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SÃO PAULO (Reuters) - A Minerva, uma das líderes globais em produção de carne bovina, considera que sua plataforma diversificada em vários países da América do Sul é uma oportunidade para ampliar negócios nos próximos anos, mesmo em um mundo com complexidades geopolíticas e diante da guerra tarifária iniciada pelo governo de Donald Trump.

Segundo o CEO da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, a escolha da empresa por estar na América do Sul, a região com maiores vantagens comparativas em carne bovina, está se mostrando acertada.

"A América do Sul nunca ocupou tanto espaço no mercado internacional, e a cada dia novos mercados se abrem... não é à toa que estamos batendo recorde com tarifaço e sem tarifaço", disse Queiroz na abertura de evento para investidores, em referência às tarifas dos EUA.

Na América do Sul, a Minerva tem operações de carne no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Chile.

A companhia brasileira, que realizou 20 aquisições em 20 anos e está concluindo a integração de um pacote de 13 novas plantas no Brasil, Chile e Argentina, adquiridas junto à rival Marfrig (atual MBRF), beneficia-se também da forte demanda e da oferta mais baixa de bovinos em países como Estados Unidos, China e da Europa, disse o executivo.

"Essa janela (para ocupação de espaço) vai ser mais importante em 2026 e 2027... os Estados Unidos chegam ao seu menor rebanho..., Europa completamente destruída na sua produção e a China tendo redução do rebanho... e a América do Sul ocupando cada vez mais espaço junto com a Oceania, especialmente a Austrália", disse ele.

Queiroz disse ainda que a diversificação geográfica também é fundamental para dar respostas a cenários desafiadores nas áreas cambiais e sanitárias.

PRODUTIVIDADE NO BRASIL

Presente no evento, o consultor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, disse durante o evento que a produtividade da pecuária brasileira, ao contrário dos concorrentes, está expandindo, e o Brasil tende a ganhar cada vez mais a sua participação no mercado global de carne bovina.

Ele comentou que o Brasil, maior exportador global de carne bovina, está agora entrando em um ciclo pecuário de menor oferta, mas ressaltou que o ganho da produtividade vai limitar essa queda nos abates de bovinos.

Entre as explicações para isso, Barros citou que o crescimento da oferta de farelo de milho (DDG), coproduto da crescente indústria de etanol no país, dará impulso importante.

O DDG deverá colaborar para o aumento da oferta de ração animal, favorecendo a instalação de confinamentos bovinos próximos a usinas de etanol, disse o consultor.

(Por Roberto Samora)

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