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Investing.com -- Na quinta-feira (2), o Bitcoin rompeu a barreira dos US$ 120 mil e seguia em alta consistente, embalado pelo otimismo do mercado cripto em meio à conjuntura macroeconômica instável. A paralisação do governo dos Estados Unidos e a perspectiva de cortes adicionais nos juros pelo Federal Reserve mantêm investidores em busca de refúgios alternativos, como ouro e criptomoedas. O clima de “Uptober”, mês historicamente favorável ao setor, reforça a percepção de que o rali pode se estender ao longo do quarto trimestre. Às 17h00 (horário de Brasília), o sentimento predominante era de confiança cautelosa.
Segundo dados da Binance, o Bitcoin era cotado a US$ 120.695,5, em alta de 2,95% no dia, enquanto o Ethereum avançava 3,72%, chegando a US$ 4.494,44. Entre as altcoins, a Solana se destacou com valorização de 5,69%, alcançando US$ 232,604. O movimento de alta é acompanhado por forte liquidez e entrada de fluxos institucionais, sugerindo maior diversificação para além do BTC e do ETH.
O pano de fundo para a recuperação é dominado pela incerteza fiscal nos EUA, após o impasse no Congresso que levou à paralisação das atividades federais. Além disso, mudanças regulatórias recentes relacionadas a ETFs de commodities reacenderam a expectativa de aprovação de fundos voltados para criptoativos. Esse conjunto de fatores fortalece a visão de que o Bitcoin está se consolidando como “ouro digital” em meio a cenários de instabilidade política e econômica.
No entanto, apesar do impulso positivo, investidores mantêm postura de cautela. Dados de derivativos mostram liquidações de posições vendidas, sinalizando movimentos de curto prazo mais técnicos do que estruturais. A dominância do Bitcoin no mercado segue elevada, mas o avanço de altcoins reforça a busca por maior exposição a risco. O volume robusto sustenta o rali, mas analistas alertam que a continuidade da alta dependerá da evolução da crise fiscal americana e de novos catalisadores institucionais.
"Do ponto de vista técnico, o BTC mantém clara tendência altista, operando acima das médias móveis de 50, 100 e 200 períodos. O RSI em torno de 62 indica pressão compradora sem sinal de sobrecompra extrema, enquanto o liquidity map mostra suporte relevante na região de US$ 110.000 e resistência decisiva nos US$ 120.000. Caso esse nível seja superado, o preço pode avançar rapidamente até US$ 123.000. Paralelamente, a altseason dá sinais de consolidação: 75% das maiores altcoins já superam o desempenho do Bitcoin, e o índice altseason chegou a 66 pontos, com tokens ligados a DeFi, layer 2 e inteligência artificial entre os destaques do ciclo atual", explicou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"Depois de um setembro marcado por liquidações massivas e perdas de US$ 1,5 bilhão em posições compradas, o Bitcoin reagiu com força, acumulando 10,9% de alta na última semana e 8,7% no mês, com grandes investidores ampliando posições. O Brasil entrou no radar das mineradoras de cripto, que buscam aproveitar o excedente de energia renovável em projetos bilionários, com destaque para iniciativas da Renova Energia, Casa dos Ventos e Eletrobras. No campo técnico, o BTC já vale 201,6% da mínima anual e 95,5% do topo em 12 meses, sustentado por volume diário de US$ 72,14 bilhões e maior presença institucional. Além da valorização, cresce a visão do Bitcoin como infraestrutura estratégica, com mineradoras posicionando-se para atender à futura demanda de energia computacional ligada à inteligência artificial", analisou o WarrenAI.
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