O alívio experimentado pelos mercados após a forte queda da segunda-feira (9), durou muito pouco. Nesta quarta-feira (11), o pânico voltou a derrubar as cotações dos ativos ao redor do mundo.
No Brasil, o índice Ibovespa voltou a sofrer fortes quedas e desabar mais de 10%, obrigando a B3 a acionar o segundo circuit breaker em menos de uma semana. Mesmo com a interrupção das negociações, a bolsa fechou o dia em uma forte queda de 7,64%, devolvendo todos os ganhos obtidos no dia anterior.
Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 também encerrou o dia com fortes perdas, caindo 4,89%. Com a nova queda, o índice já acumula perdas de 20% desde o seu topo histórico, dado que coloca o mercado norte-americano oficialmente em um mercado de baixa (bear market).
Com isso, o dólar voltou a subir e alcançou R$4,72, um aumento de 1,61%. Nem mesmo o Bitcoin escapou da alta volatilidade. Até o fechamento desta matéria, o criptoativo apresentava uma queda de 7,13%, cotado a US$7.374,09.
Coronavírus é declarado pandemia pela OMS
As fortes quedas dos ativos de risco ao redor do mundo se seguiram ao anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na quarta-feira, a OMS finalmente classificou a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, como uma pandemia.
“A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo nem o que os países devem fazer” – Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS
Atualmente, o Brasil conta com 52 casos confirmados da doença e 907 suspeitos. No mundo, são cerca de 118 mil casos em 114 países, com mais de 4200 mortes confirmadas. No final da quarta-feira, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a suspensão de voos da Europa para os Estados Unidos e vice-versa. A medida terá validade de 30 dias e não afetará o Reino Unido, mas poderá causar nova turbulência nos mercados nesta quinta-feira (12).