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Investing.com -- O Bitcoin tem mais um dia de instabilidade nesta terça-feira (26), com investidores atentos ao risco de novas quedas após a perda de suportes importantes. O movimento reflete tanto a pressão vendedora observada desde o simpósio de Jackson Hole, que aumentou a cautela global, quanto a realização de lucros de longo prazo, que vem enfraquecendo as tentativas de recuperação. Apesar da pressão, o indicador de força relativa (RSI) próximo da zona de sobrevenda sugere espaço para eventuais repiques de curto prazo.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o BTC era cotado a US$ 111.077,00, em queda de 0,26% no dia, segundo dados da Binance. Já o Ethereum destoava do líder do mercado, subindo 3,95% e alcançando US$ 4.592,73, impulsionado pelo forte fluxo em ETFs institucionais e pela expectativa positiva em torno de melhorias de staking e tokenização de ativos reais. O contraste entre os dois ativos reforça a narrativa de que parte do capital está migrando para o ETH em busca de maior potencial de valorização no curto prazo. A XRP também estava em alta, cotada a US$ 3,0319 com ganhos de +7,11%.
No mercado mais amplo, a capitalização total das criptomoedas caiu de US$ 4,2 trilhões para US$ 3,76 trilhões em agosto, refletindo saídas de ETFs, liquidações em derivativos e o despertar de baleias antigas que despejaram milhares de BTC no mercado. Esse conjunto de fatores pesou sobre o sentimento, que passou de “ganância” para “neutro” no índice Fear & Greed. Ainda assim, grandes players institucionais seguem ampliando reservas, como mostrou a compra de mais de 7.700 BTC por tesourarias na última semana.
Apesar do cenário de cautela, o interesse corporativo permanece firme: empresas no Japão, EUA e Europa anunciaram novas aquisições de Bitcoin, e a MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) reforçou sua posição de maior detentora institucional. No caso do BNB, a criptomoeda chegou a ultrapassar os US$ 899,00 e já conquista espaço em tesourarias de companhias tradicionais, reforçando a tese de diversificação entre diferentes ativos digitais. Para os analistas, o mercado cripto entra em um ponto de inflexão: se o BTC perder novamente o suporte em US$ 110.000, a correção pode se aprofundar; mas se conseguir retomar os US$ 112.000, abre-se caminho para um teste mais ambicioso da faixa de US$ 114.000.
"O que estamos vendo é um ponto de virada para o mercado cripto. Empresas tradicionais, que não nasceram nesse ecossistema, estão adicionando criptomoedas às suas reservas de tesouraria por reconhecerem nelas ativos capazes de gerar ganhos e ampliar a diversificação das carteiras. Esse movimento, que começou com o Bitcoin, a criptomoeda de maior capitalização do mercado, agora se expande para outros ativos digitais como BNB e ETH. O fato de corporações globais e até fundos soberanos apostarem nestas criptomoedas mostra que elas já são percebidas como ativos de primeira linha, comparáveis a instrumentos financeiros tradicionais”, comentou Guilherme Nazar, vice-presidente da Binance para a América Latina.
"O Bitcoin opera próximo do suporte crítico de US$ 110.000, região que pode servir como ponto de entrada tática, mas exige stop curto e gestão de risco. O RSI em 36,52 indica proximidade de sobrevenda, reforçando a possibilidade de repiques, enquanto a volatilidade anualizada em torno de 28% (30d) e 25,7% (90d) mostra que o risco segue presente, mesmo com alguma desaceleração. As resistências de curto prazo estão em US$ 112.000 e US$ 114.000, níveis indicados para realizações parciais ou totais caso o fluxo comprador não se fortaleça. No campo dos fluxos, institucionais continuam acumulando, parte do capital migra para Ethereum e BNB, e o próximo gatilho macro é a decisão do Federal Reserve, capaz de reacender ou frear o apetite por risco", analisou o WarrenAI.
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