O portal Bloomberg divulgou um relatório na terça-feira (2). O documento foi divulgado logo após o criptoativo ultrapassar a barreira dos US$ 10.000,00 e traz previsões interessantes para o preço.
Com viés otimista, o relatório afirma que o Bitcoin pode atingir sua máxima histórica ainda em 2020. Além disso, a Bloomberg não descarta que esta alta seja superada. O recorde histórico do Bitcoin foi atingido em dezembro de 2017, quando o preço se aproximou dos US$ 20.000,00.
Covid-19 e Grayscale ajudam o Bitcoin a se valorizar
O relatório sugere que a pandemia de Covid-19 acelerou a maturação do Bitcoin como um ativo, mostrando sua força em relação a outros mercados. Além disso, aponta para o crescente apetite dos investidores institucionais, com a CME e a Grayscale.
Vale frisar que os contratos futuros de Bitcoin na CME quebraram recordes em 2020. Enquanto isso, o fundo GBTC da Grayscale já adquiriu mais de 30% dos Bitcoins minerados em 2020.
“Até agora, este ano, seu AUM crescente consumiu cerca de 25% das novas moedas mineradas em Bitcoin, contra menos de 10% em 2019. Nosso gráfico mostra a média crescente de 30 dias dos ativos sob gestão do GBTC. O fundo se aproxima de 340.000 em equivalentes de Bitcoin, cerca de 2% da oferta total. Cerca de dois anos atrás, esse índice era de 1%”, afirma a Bloomberg.
Bitcoin a US$ 28.000,00 em 2020
Com todo esse cenário, o relatório diz que “algo precisa dar realmente errado” para o Bitcoin não se valorizar. Em seguida, afirma que atingirá uma alta de US$ 20.000,00 que será superada, podendo até atingir os US$ 28.000,00 ainda este ano.
“No ano passado, a alta foi de cerca de US$ 14.000. US$ 28.000,00 seria uma alta de quase o dobro em 2020 se girasse dentro da banda recente e significaria pouco no cenário geral.”
Influência do Tether
Outro motivo importante para a valorização do Bitcoin, segundo a Bloomberg, é o rápido crescimento do Tether (USDT). Em maio do ano passado, seu valor de mercado era de US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões). Um ano depois, expandiu para US$ 10 bilhões. (R$ 50 bilhões).
Atualmente, o USDT é o terceiro criptoativo em valor de mercado. O aumento na circulação da stablecoin indica uma maior adoção de criptoativos.
“O interesse em versões digitais para o dólar representa a necessidade de transação e armazenamento de valor na moeda de reserva mundial. Não podemos deixar de traçar paralelos à adoção de moedas de papel ao longo da história. O mundo hoje se move rapidamente em direção à digitalização”, finaliza o documento.