Investing.com – O bitcoin é amplamente reconhecido como o principal ativo no mercado de criptomoedas, simbolizando tanto grandes ganhos quanto quedas profundas.
Todos os anos, investidores aguardam com ansiedade o mês de outubro, conhecido no setor como "Uptober", historicamente associado a fortes valorizações. No entanto, isso pode estar mudando, já que o bitcoin apresentou ganhos em setembro, quebrando sua tradicional sequência de perdas neste mês.
LEIA TAMBÉM: O que são os ETFs de Bitcoin: Guia completo
A questão é: este é o início de uma nova alta ou um sinal de um possível e mais desafiador "inverno cripto"?
O entusiasmo pelo "Uptober" é alimentado por um histórico positivo. Analistas acreditam que o bitcoin continuará se valorizando nos últimos três meses do ano. O respeitado analista de mercado Ali Martinez destaca que tendências históricas apontam para um outubro promissor, especialmente após um setembro de alta. “Se setembro fechar com uma vela mensal positiva, os meses seguintes costumam trazer ganhos consideráveis”, afirma Martinez.
Dados de anos anteriores reforçam essas previsões. Em 2015 e 2016, por exemplo, o bitcoin registrou ganhos de 33,49% e 14,71%, respectivamente, em outubro, após altas em setembro.
Setembro, tradicionalmente um mês difícil para investidores de bitcoin, surpreendeu ao encerrar 2024 com ganhos superiores a 10%. O ativo quebrou seu padrão histórico de desempenho negativo neste período. Analistas, embora surpresos, estão esperançosos. “Um fechamento positivo em setembro abre caminho para um outubro forte”, comenta Martinez.
Essa performance em setembro marca uma ruptura com a tendência de perdas nesse mês historicamente baixeiro. No entanto, a questão persiste: será que essa energia positiva será mantida no tão aguardado "Uptober"?
Outro fator que alimenta o otimismo no mercado é um padrão gráfico técnico conhecido como bandeira de alta. Se esse padrão se confirmar, o bitcoin pode ultrapassar a marca de US$ 100.000 na primeira metade de 2025. A bandeira de alta é um padrão clássico que ocorre após um forte movimento de alta, seguido por uma consolidação, que normalmente antecede outra fase de valorização.
Uma das previsões mais ousadas vem do CEO da CleanSpark (NASDAQ:CLSK), Zach Bradford. Em entrevista a analistas da Bernstein, Bradford sugeriu que o bitcoin poderia atingir quase US$ 200.000 nos próximos 18 meses. “Com base na minha análise atual, o bitcoin pode chegar perto dos US$ 200.000”, afirma Bradford. “Esse será provavelmente o ponto mais alto. No entanto, espero um rápido aumento, seguido por um período prolongado de preços elevados, antes de uma nova fase de mercado de baixa.”
Bradford também enfatizou a relevância de fatores macroeconômicos, como a política de juros do Federal Reserve e as eleições nos EUA em novembro. “A questão não é tanto o resultado da eleição, mas sim o fim da incerteza associada ao evento”, explicou. “O Federal Reserve demorou a cortar as taxas de juros, mas acredito que será mais agressivo nos próximos 15 a 16 meses, o que beneficiará o bitcoin.”
Com tantos fatores influenciando o mercado atualmente e no futuro próximo, uma coisa é certa: o bitcoin permanece tão imprevisível quanto sempre. O desempenho em setembro desafiou as expectativas e deu sinais positivos para outubro. As análises técnicas e as projeções otimistas apontam para um possível mercado altista, mas a cautela persiste. Diante de tantas incertezas, uma coisa é certa: o bitcoin continuará sendo um tema central de discussão, seja em um novo ciclo de alta ou em uma queda inesperada.