Aneel diz que outubro terá bandeira tarifária vermelha patamar 1
Investing.com -- O Bitcoin opera na tarde desta sexta-feira (26) em compasso de cautela, refletindo a combinação de pressões macroeconômicas e tensões geopolíticas que alimentam a volatilidade dos mercados globais. A divulgação do índice de gastos pessoais (PCE) nos Estados Unidos, em linha com as expectativas de inflação de 2,7% ao ano em agosto, trouxe alívio limitado, já que investidores seguem atentos ao impacto das tarifas anunciadas pelo governo norte-americano. Por volta das 17h25 (horário de Brasília), o mercado de criptomoedas apresentava movimentos contidos, após uma semana marcada por liquidações bilionárias e retração do apetite institucional.
Segundo dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 109.167,50, com leve alta de 0,05% no dia. O Ethereum, em contrapartida, mostrava maior fôlego, subindo 3,28% e alcançando US$ 4.016,46, enquanto a Hyperliquid avançava 7,73%, cotada a US$ 44,97. Apesar da recuperação pontual, os ativos digitais ainda acumulam perdas significativas na semana, refletindo a pressão vendedora observada após o fracasso em sustentar níveis acima de US$ 114.600.
No cenário internacional, o foco recai sobre a política monetária do Federal Reserve e sobre o impacto das novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, que incluem impostos elevados sobre setores industriais e farmacêuticos. Embora Jerome Powell tenha sinalizado que os efeitos inflacionários podem ser pontuais, investidores seguem avaliando se haverá espaço para cortes adicionais de juros até o fim do ano. A incerteza sobre crescimento global, somada a tensões comerciais, tem reforçado a busca por ativos defensivos como o ouro e limitado a recuperação das criptos.
Diante desse quadro, operadores de Bitcoin demonstram postura defensiva, reduzindo alavancagem e aguardando confirmação de suportes técnicos em torno de US$ 108 mil a US$ 110 mil. O volume de negociações segue instável e o sentimento permanece dividido, com parte do mercado acreditando em consolidação antes de uma eventual retomada e outros receosos de novas quedas em direção a US$ 106 mil. A ausência de fluxos consistentes de ETFs e a realização de lucros por investidores de longo prazo reforçam a necessidade de cautela no curto prazo.
"O mercado cripto encerrou a semana em baixa, com o índice COIN50 caindo 8% após liquidações forçadas de cerca de US$ 1,8 bilhão – reflexo de um estresse de posicionamento que vinha emitindo sinais de alerta há algumas semanas. O resultado é também impulsionado pela divulgação de dados macroeconômicos nos Estados Unidos que moderaram as esperanças de cortes agressivos nas taxas de juros, fortaleceram o dólar e apertaram as condições financeiras. No entanto, o nosso Índice Global de Liquidez indica ventos favoráveis à liquidez em outubro, o que pode dar suporte a ativos de risco no curto prazo, precedendo potenciais condições contrárias à liquidez a partir de novembro”, comentou Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
"O Bitcoin mantém suporte estrutural no longo prazo, mas enfrenta pressão vendedora no curto, com sinais de cautela reforçados por indicadores técnicos e menor volume. O próximo movimento relevante deve depender tanto de gatilhos técnicos quanto do desfecho macroeconômico global. Cortes de juros nos EUA e definição do impasse fiscal podem ditar o humor do mercado cripto nas próximas sessões. A resistência entre US$ 116.000,00–US$ 117.000,00 precisa ser rompida com volume para retomar o ímpeto altista", analisou o WarrenAI.
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