LONDRES (Reuters) - A Anglo American (L:AAL) divulgou nesta segunda-feira a venda de seu projeto de carvão térmico New Largo, na África do Sul, por aproximadamente 71 milhões de dólares para uma empresa controlada e operada por negros, marcando sua saída do mercado de carvão sul-africano.
Durante as fortes quedas nos preços de commodities no final de 2015 e início de 2016, a Anglo American procurou vender uma grande parte de seus ativos, dizendo que se concentraria em cobre, diamantes e platina.
Conforme os mercados de commodities se recuperaram, no entanto, a pressão de venda diminuiu.
Os preços do carvão estão novamente fortes, em cerca de 100 dólares por tonelada para o carvão de Richards Bay <0#GCLRCBPFBLVc>. Muitas empresas evitam o produto porque ele causa muita poluição, mas a indústria de mineração diz que países em desenvolvimento ainda precisam dele.
A mineração de carvão na África do Sul é complicada por uma disputa entre o governo e a indústria em relação a um novo código de mineração e pela turbulência envolvendo a endividada elétrica Eskom.
"A venda vai ao encontro de nossa estratégia de longo prazo de sair de nossos ativos de carvão com a Eskom", disse Norman Mbazima, vice-presidente da Anglo American South Africa, em um comunicado.
O principal ativo de New Largo é uma mina de 585 milhões de toneladas de carvão e direitos minerários relacionados, que está posicionado para abastecer a central elétrica de Kusile, da Eskom, disse o comunicado.
(Por Barbara Lewis)