O preço do Bitcoin teve uma valorização de quase 150% apenas em 2020. Nesta quinta-feira (19), a cotação do BTC é R$ 94.752,39.
Essa explosão do preço do criptoativo chamou a atenção de todo o mercado e é claro que Wall Street não ficou de fora.
Uma reportagem da Forbes revelou o que os investidores de um dos principais mercados financeiros do mundo estão pesando sobre o BTC.
Bitcoin é proteção contra inflação
Na quarta-feira (18), o bilionário presidente do JPMorgan Chase, Jamie Dimon — que em 2017 chamou o Bitcoin de fraude — disse que “acredita” na tecnologia blockchain.
No entanto, Dimon ponderou que o Bitcoin não é sua “xícara de chá” já que há muitas questões em torno da regulamentação.
Outro a comentar sobre a criptomoeda foi o também bilionário Ray Dalio. Ele inclusive questionou seu próprio ceticismo sobre o BTC:
“Posso estar perdendo algo sobre o BTC, então adoraria ser corrigido”, tuitou ele na terça-feira.
O investidor também acrescentou que, para ele, o Bitcoin não é “muito bom como depósito de riqueza”. Isso porque é muito volátil e não é amplamente aceito pelos comerciantes.
Já o CEO da DoubleLine Capital, Jeffrey Gundlach, destacou que o BTC tem crescido em paralelo ao ouro. Portanto, é um sinal que os investidores estão migrando para a criptomoeda para se proteger da inflação.
Quem concorda com Gundlach é o CEO do DeVere Group, Nigel Green. Segundo ele, os temores de inflação por conta dos gastos do governo na pandemia fizeram os investidores “acumularem ativos portos-seguros”.
Além disso, ele destacou principalmente os ativos não vinculados a nenhum país específico, como Bitcoin e ouro.
Investimento Institucional
Embora para Dalio a volatilidade seja um entrave para adoção do BTC, isso não assustou investidores institucionais.
Prova disso é que durante a primeira metade de 2020, mais de 20 instituições financeiras revelaram que possuíam Bitcoin por meio do Grayscale Bitcoin Trust, disse a Forbes.
Bitcoin pode chegar a R$ 1,6 milhão mil até o final de 2021
A Forbes também noticiou sobre o vazamento de um relatório do gigante de Wall Street Citibank.
O documento revela que um analista sênior acredita que o preço do BTC pode chegar a US$ 318.000 até o final de 2021. Ou seja, mais de R$ 1,6 milhão.
Nesse sentido, o analista chamou o criptoativo do “o ouro do século 21”.
“Toda a existência do Bitcoin foi caracterizada por ralis impensáveis seguidos por correções dolorosas. O tipo de padrão que sustenta uma tendência de longo prazo”, tuitou o chefe global do CitiFX Technicals, Tom Fitzpatrick.