Uma vulnerabilidade encontrada no Tor permite que os hackers tenham acesso aos Bitcoins (BTC) dos seus usuários.
Vale ressaltar que o Tor é utilizado para a navegação na deep web.
No mais, ele também é procurado pelos os usuários que desejam preservar o anonimato durante as atividades online.
Entretanto, de acordo com a empresa de segurança Mana Security, a utilização do Tor para as negociações de criptomoedas apresenta riscos para os investidores de criptomoedas.
Nós de saída do Tor são vulneráveis
O Tor não funciona como um navegador comum, pois é voltado para garantir o anonimato dos seus usuários.
Assim, para que isso seja possível, o tráfego dos seus usuários é redirecionado por diversas vezes durante a navegação.
Ao final, as informações são entregues ao destino através dos nós de saída.
Contudo, esses nós são vulneráveis ao ataque de criminosos cibernéticos. Segundo Tim (SA:TIMP3) Ismilyaev, que é o CEO da Mana Security, em entrevista para o Cryptoslate:
“O tráfego da internet tem que passar por vários roteadores e sair por nós antes de chegar ao seu destino final. Isso significa que as plataformas de criptomoedas também são um alvo [dos hackers]. Os nós de saída podem ser comprometidos pelos hackers. Os ataques aos sites de criptomoedas se tornam possíveis.Dessa forma, a minha sugestão é a de configurar a extensão ‘HTTPS Everywhere’ para o Tor. Deixem a opção de encriptar todos os sites ligada. Isso vai bloquear tentativas acidentais de acesso a sites não encriptados.”
A dica de Ismilyaev se relaciona ao fato de que os hackers que controlam os nós de saída conseguem redirecionar o tráfego dos usuários para sites falsos; dessa maneira, eles conseguem roubar as criptomoedas dos usuários do Tor.
Hackers já controlaram nós de saída
Numa reportagem de agosto de 2020, o site ZDNET apontou para o fato de que os hackers estão conseguindo controlar vários nós de saída do Tor.
À época, os hackers controlavam cerca de 10% dos nós de saída do navegador. Porém, em alguns momentos de 2020, o controle chegou aos 24%.
Por conta disso, um a cada quatro acessos de usuários do Tor tinha a chance de cair em um nó hackeado em meados de maio de 2020.
Essa não é a primeira vez que o Tor enfrenta problemas ligados ao controle malicioso dos seus servidores.
Nos anos anteriores, a segurança da plataforma foi colocada em xeque. No ano de 2016, o o FBI conseguiu acessar os dados de alguns usuários do navegador que estavam sendo investigados.