A Flexport, empresa global que atua no setor de logística, adquiriu um pouco de Bitcoin (BTC) como parte de seu balanço, conforme revelou Ryan Peterson, CEO da empresa.
Durante uma série de mensagens publicadas no Twitter, Peterson falou a respeito da guerra na Ucrânia e os impactos do conflito na sua empresa. Em seguida ele foi questionado sobre quanto do balanço da empresa estaria alocado em BTC.
CONFIRA: Cotações das criptomoedas
De acordo com os dados mais recentes, a Flexport possui US$ 1,6 bilhão em caixa, ou cerca de R$ 8 bilhões em valores atuais. O CEO admitiu que a empresa possui BTC, mas não divulgou qual o percentual do caixa alocado na criptomoeda. “Não divulgamos isso, mas não é zero”, afirmou.
We don't disclose that but it's not zero— Ryan Petersen (@typesfast) February 28, 2022
Momento desafiador para cadeias de suprimento Além de falar sobre BTC, Peterson fez uma longa avaliação do momento atual, incluindo a guerra e a pandemia de Covid-19. O CEO classificou o cenário global como “desafiador”, mas disse que a Flexport está preparada para enfrentá-lo.
“Nunca houve um momento sem graça em nossa indústria. A Flexport tem a sorte contar com mais de US$ 1,6 bilhão em ativos líquidos em nosso balanço. Isso nos permitir continuar na dianteira, protegendo os interesses de nossos clientes, funcionários e acionistas através da volatilidade, incerteza e caos”.
Nesse sentido, o BTC provavelmente serve como parte da estratégia de inovação da empresa, que está bastante engajada no mercado. De fato, a Flexport também possui o white paper do BTC listado para download em seu site, visando informar seus clientes sobre a criptomoeda.
Inovação na logística
Com US$ 8 bilhões em valor de mercado, a Flexport é uma das maiores empresas de logística do mundo. No entanto, ela não possui trens, navios ou aviões usados para mover a mercadoria através da cadeia de suprimentos global.
Em vez disso, Peterson começou o que está sendo chamado de “Digital Freight Forwarding“, que se utiliza dos sistemas de cadeia de suprimentos de seus clientes. Em seguida a empresa automatiza todo o processo, gerando grande economia para seus clientes.
De certa forma a empresa se assemelha a serviços como Uber (NYSE:UBER) e Airbnb (NASDAQ:ABNB), que também não possuem táxis nem quartos de hotéis, respectivamente. Com a digitalização, a Flexport consegue economizar uma média de quatro horas por semana para seus clientes, um valor relevante para o setor logístico.
Fundada em 2013 com a intenção de automatizar o processo de formas alfandegárias, a Flexport tornou-se o ponto central da automação para a cadeia de fornecimento global. Mesmo sem possuir nenhum contêiner, a empresa deixa sua marca no setor.
“Eu gostaria de poder olhar com um hololens para ver quais contêineres são da Flexport. Qualquer navio de contêiner na costa oeste (dos Estados Unidos), garanto que estamos lá”, disse Peterson.