O fornecedor de equipamentos militares ucraniano, Come Back Alive, recebeu doações de US$ 400.000 em Bitcoin (BTC) em apenas 24 horas. As doações têm como objetivo permitir ao país comprar armas para combater a Rússia.
A organização fornece equipamento militar, suprimentos médicos e serviços de treinamento ao exército local.
Assim, nesta sexta-feira (25), um investidor de criptomoedas doou 80 Bitcoins para a organização investir em equipamentos para conter a invasão.
Conforme revelou Tom Robinson, cientista-chefe do provedor de análise de blockchain Elliptic, as doações de ativos digitais que apoiam os militares ucranianos estão aumentando junto com o avanço russo.
“A criptomoeda está sendo cada vez mais usada para a guerra de crowdfunding, com a aprovação tácita dos governos”, disse.
Outra organização que recebeu uma quantidade considerável de contribuições foi a Cyber Alliance. A organização já recebeu mais de US$ 100 mil em Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas.
O grupo é uma comunidade de ciberativistas ucranianos que protegem o ciberespaço da Ucrânia e contra-atacam hackers russos.
Conflito
Ao mesmo tempo, separatistas pró-Rússia também arrecadam fundos em criptoativos desde o início do conflito. Ainda não se sabe, no entanto, a quantidade de doações que eles coletaram.
“O Bitcoin também surgiu como um importante método alternativo de financiamento, permitindo que doadores internacionais contornem instituições financeiras que estão bloqueando pagamentos a esses grupos”, afirmou a Elliptic.
O conflito russo-ucraniano tem suas raízes em uma longa história entre os dois antigos estados soviéticos. Em 2014, a Rússia anexou a Península da Criméia da Ucrânia, o que causou uma guerra civil.
Agora, as tensões viraram uma guerra quando Putin ordenou uma “operação militar especial” em grande escala na Ucrânia.
Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum, declarou seu apoio à Ucrânia. Ele chamou a operação de Putin de “crime contra o povo ucraniano e russo”.