Para o veterano Peter Brandt, a baixa maré do Bitcoin ainda está longe de terminar. Na última segunda-feira (31), o diretor-executivo da Factor LLC usou seu Twitter para questionar a resistência do mercado altista do BTC.
A publicação não passou despercebida pelo analista Willy Woo, que explicou as recuperações a longo prazo sob uma ótica “fundamental”.
Nova onda de correção?
Para Brandt, o Bitcoin ainda enfrentará novas correções. Em um comentário um tanto quanto enigmático e áspero, o especialista promove um desafio aos investidores de criptomoedas.
“Identifique uma única vez em que uma correção acima de 50% não levou a outra de 70%. O BTC registrou uma nova máxima 7 meses após corrigir 50%.”
Um usuário, conhecido como John Hur, respondeu às duas circunstâncias. Primeiro, com a recuperação de março de 2020, quando o Bitcoin caiu para US$ 4,4 mil. Meses depois, o Bitcoin ultrapassou os US$ 15 mil.
Em seguida, Hur mencionou a alta de 2013. À época, a criptomoeda valorizou mais de 2.450% depois de uma dura correção de 80% em apenas uma noite.
No entanto, Brand não aceitou os argumentos, ainda não que não tenha explicado o motivo. No caso de 2020, é possível que a rejeição do argumento tenha ocorrido porque o mercado demorou de sete a oito meses para a nova máxima.
Cenários externos
O analista Woo compreendeu que Brandt estava sugerindo uma nova queda no mercado do Bitcoin e respondeu:
“Todas as quedas nessa escala […] ocorrem a partir de um ponto de partida, no qual o preço foi estendido acima da avaliação fundamental. Essa configuração é diferente, porque o preço está abaixo dos fundamentos. Como um guia, a Covid-19 causou uma queda abaixo dos fundamentos, que foi recuperada rapidamente.”
Woo não explicou o que quis dizer com o termo “fundamento”. No entanto, como apurou o Cointelegraph, os admiradores do analista compreenderam como “efeito rede”.
Efeito rede é o nome dado quando investimentos alocados em ouro e moedas fiduciárias encontram investimentos anti-inflacionários.
O ciclo de alta teve grande participação dos investidores institucionais que fugiam da crise financeira causada pela pandemia.
Em meio a este cenário, ainda há o ruído de uma inflação nos Estados Unidos após a aprovação do pacote trilionário do governo de Joe Biden.
Seguindo essa perspectiva, o entusiasta Anthony Pompliano defende que o Bitcoin é um ótima reserva para proteção financeira.
“Há extrema volatilidade no curto prazo, mas por um longo período de tempo, o Bitcoin brilha. Ele faz um ótimo trabalho ao preservar o poder de compra e evitar os perigos da desvalorização da moeda fiduciária”, declarou.