O ETF de blockchain da Elwood Global Blockchain Equity (BCHN) tornou-se o maior ETF de blockchain do mundo na semana passada.
De acordo com a Bloomberg, o BCHN atingiu US$ 95,4 milhões (R$ 513 milhões) em ativos sob gestão no dia 29 de maio. O fundo sediado no Reino Unido possui participações acionárias em empresas como Overstock, CME Group e Square (NYSE:SQ). Ele tem como objetivo a fornecer um veículo para exposição às empresas envolvidas com o setor de criptoativos.
O ETF da Elwood Global destronou o ETF Amplify Transformational Sharing Data, da BLOK, que atualmente possui US$ 86,45 milhões (R$ 465 milhões) em ativos sob gestão. Até a semana passada, o BLOK’s era o maior ETF de blockchain do espaço, de acordo com dados do ETF Database.
Além desses, existem pelo menos mais seis ETFs de blockchain: BLCN, GFIN, BKCH e BCNA, entre outros. O BLOK e o BLCN são os maiores negociados nos EUA, de acordo com um relatório da The Block Research do início de abril. ETFs menores de blockchain também tiveram um crescimento significativo no ano passado.
Blockchain, não Bitcoin
A oferta ampla de ETFs focados em empresas de blockchain contrasta com a escassez de fundos em Bitcoin. Embora os ETFs facilitem a negociação, as tentativas de criação de um fundo tem sido consistentemente negadas.
Em fevereiro, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) rejeitou a última proposta de ETF de Bitcoin que estava em aberto. Por conta da atual pandemia, novas propostas não foram apresentadas.
Até agora, a SEC rejeitou propostas de ETF de Bitcoin das seguintes empresas: Gemini, Bitwise, Cboe e Wilshire Phoenix. Com isso, o acesso ao Bitcoin por investidores institucionais torna-se mais restrito.
Por outro lado, as poucas alternativas institucionais crescem a cada dia. Os fundos da Grayscale Investments, por exemplo, bateram recordes de captação em 2020. A empresa chegou a adquirir 34% de todos os Bitcoins minerados em 2020. A demanda da empresa chega a superar até mesmo a capacidade de oferta dos mineradores.
Nesse sentido, o interesse institucional pelo Bitcoin mostra sinais claros de aumento. Cenário que favorece e muito os argumentos pela criação de um ETF para o criptoativo.